Cachorro caramelo interrompe grupo no Festival de Quadrilhas Juninas de Santa Quitéria; veja vídeo
Com 15 anos de história, o grupo Paixão Junina, de Crateús, abordou a história da Baroneza, primeira locomotiva a vapor do Brasil
O grupo Paixão Junina, de Crateús, tinha começado a se apresentar há pouco na segunda noite do XXI Festival de Quadrilhas de Santa Quitéria quando a música precisou ser pausada.
Quando os casais estavam se posicionando, atrás de painéis que identificavam o tema que guiaria a apresentação, uma surpresa: um cachorro caramelo entrou no palco e deitou-se em meio aos dançarinos.
"Pausa o tempo, que o cachorro quer ser artista também. (...) Ele tá muito bem deitado, não quer guerra com ninguém", brinca a apresentadora.
Logo a organização do evento se mobilizou para resolver o problema. Um homem pegou o caramelo no colo e, com cuidado, o levou para longe do palco — com direito a um beijo na cabeça e sob aplausos da plateia.
A cena ficou registrada na transmissão do evento, viralizou nas redes sociais e surpreendeu os integrantes da Paixão Junina.
"Nosso medo era o evento ter continuado e ele ter sido machucado, alguém pisar nele. Mas graças a Deus o pessoal do evento viu e parou para que ele fosse retirado do local", conta o marcador junino da equipe, Francisco Matias Vieira.
Conhecido como Dedé Vieira, ele conta que a equipe estava tensa, pelo porte do evento, e o momento com o cachorro fez o grupo ficar mais descontraído. "Foi um momento muito marcante", diz. Veja o vídeo da cena abaixo.
Conheça a Paixão Junina
O grupo Paixão Junina foi fundado em 2011, no bairro Venâncio, em Crateús, e representa a cidade nos festivais de quadrilha do Ceará.
A cada ano, eles abordam temas históricos em suas apresentações. Em 2025, o escolhido foi "Sobre trilhos, 1854 volta a memória", inspirado na Baroneza, a primeira locomotiva a vapor do Brasil.
"Quando eu soube dessa história, eu já me apaixonei. Começamos a pesquisar quem foi que trouxe, para que cidade foi ela foi, onde ela está hoje, quem foi que guiou a Baroneza", contou Dedé, em entrevista ao Diário do Nordeste.
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Com os 15 anos de história Paixão Junina de Crateús, o marcador destaca a importância do resgate cultural, mas lamenta os custos envolvidos em manter um grupo junino regional, representante de um município.
Para bancar a iniciativa e participar dos diversos festivais, ele conta que a equipe realiza diversas ações, como realização de projetos, busca por patrocinadores, bingos e rifas, além de pedir a contribuição da população. "Graças a Deus, a gente sempre está pelo pódio: primeiro, segundo, terceiro lugar", comemora.