Linha do tempo: as pistas que indicavam o suposto assassino de Odete Roitman

Marco Aurélio tenta matar Odete, mas vilã sobrevive com ajuda de Freitas

Escrito por
Lucas Monteiro lucas.morais@svm.com.br
Deborah Bloch em cena de Vale Tudo.
Legenda: Novela contou com um desfecho inédito nesta segunda versão.
Foto: Reprodução / TV Globo.

O último capítulo de Vale Tudo, exibido nesta sexta-feira (17), surpreendeu o público com uma reviravolta digna da clássica pergunta: “Quem matou Odete Roitman?”.

Desta vez, a resposta foi ainda mais inesperada: Odete está viva.

Mas ao longo das últimas semanas, o remake deixou uma série de pistas discretas que antecipavam o desfecho e o envolvimento de Freitas (Luís Lobianco) no plano da vilã.

Veja também

A demissão de Freitas e o início da farsa

Após a descoberta dos desvios de Marco Aurélio (Alexandre Nero) no cofre da TCA, Freitas pede demissão e decide abandonar o antigo chefe.

Apaixonado pelo mordomo Eugênio (Luís Salem), o auxiliar chega a planejar uma nova vida ao lado do namorado, mas vê seus planos mudarem quando o parceiro decide permanecer com os Roitman.

Pouco antes de sair da empresa, Freitas demonstra um comportamento estranho e dúbio, sugerindo que ainda teria algo a resolver — um dos primeiros indícios de sua aliança secreta com Odete.

Frame do último capítulo de Vale Tudo com o rosto de Odete Roitman.
Legenda: Vilã olhou diretamente para a tela e disse que ela sempre voltará.
Foto: Divulgação / TV Globo.

A conversa enigmática com Odete no elevador

Em uma das cenas mais sutis, Odete (Deborah Bloch) se despede dos funcionários acreditando que deixará o país para encontrar César (Cauã Reymond) em Paris.

Durante o diálogo com Consuelo (Belize Pombal), a empresária menciona “assuntos pendentes”, sem entrar em detalhes.

Mas é no encontro com Freitas no elevador que o enigma se intensifica. O funcionário promete ajudá-la “em qualquer situação”, selando um pacto que se confirmaria no último capítulo — quando ajuda a vilã a forjar o próprio assassinato.

As marcas de tiro na parede

A cena do “crime” também deixava pistas claras: duas marcas de bala na parede do quarto do hotel. Uma não acertou Odete; a outra atravessou o corpo da vilã.

O público descobre que Marco Aurélio usou a arma de Heleninha (Paolla Oliveira) — que, momentos antes, havia tentado confrontar a mãe, mas errou o disparo.

Ao perceber que o acordo entre ele e Odete havia se rompido, o executivo decide matá-la, acreditando ter dado fim à vida da matriarca.

A arma trocada

Outro detalhe que passou despercebido foi o uso da arma. Marco Aurélio leva ao hotel uma pistola com silenciador, mas decide usar a de Heleninha, deixada no quarto após o primeiro confronto.

A escolha do armamento sem silenciador explica o som dos tiros ouvidos no corredor — uma das brechas que permitiu o resgate de Odete antes da chegada da polícia.

A farsa revelada

Freitas remove o corpo da empresária, organiza a falsa remoção e a leva a uma cirurgia de emergência, salvando-a da morte.

Cena de Vale Tudo mostrando uma cirurgia.
Legenda: A bala que atingiu a vilã ficou alojada, sendo necessária a realização de uma cirurgia para retirar o projétil. Tudo arquitetato por Freitas.
Foto: Reprodução / TV Globo.

Meses depois, no clímax do capítulo, Odete reaparece viva — a bordo de um helicóptero, olhando para a câmera e declarando: “Adeus, Brasil. Odete sempre volta.”

Relembre a morte de Odete Roitman em 1988

Na versão original de Vale Tudo, exibida em 25 de dezembro de 1988, o país parou diante da TV para descobrir o assassino da vilã interpretada por Beatriz Segall.

Na ocasião, Leila (Cássia Kis) foi revelada como a responsável — um disparo acidental durante uma briga com Marco Aurélio (Reginaldo Faria).

Assuntos Relacionados