O consagrado humorista e apresentador de TV Jô Soares atuou em uma novela como protagonista. A produção "Ceará contra 007" tinha como temática o estado de verdes mares e teve estreia em 1965. Conforme o portal Extra, a trama era carregada de humor, tendo Jô no papel de Jaime Bonde.
O escritor morreu aos 84 anos na madrugada desta sexta-feira (5) no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde estava internado desde o último dia 28 de julho para tratar uma pneumonia. A causa do óbito não foi revelada.
A novela teve exibição na TV Record. O elenco tinha ainda a participação de nomes como Ari Toledo, Gledi Marisa, Ronald Golias e Adoniran Barbosa.
A produção contou a história de um agente que vivia caindo em trapalhadas, mas que buscava prender bandidos. A investigação tentava evitar que os vilões tivessem acesso a uma fórmula secreta de um limpador poderoso.
Morte de Jô Soares
Segundo a designer gráfica e ex-companheira de Jô, Flávia Pedras, ele faleceu "cercado de amor e cuidados". Em publicação nas redes sociais, ela pediu que os admiradores do legado do comunicador fizessem um "brinde à vida".
"Aqueles que através dos seus mais de 60 anos de carreira tenham se divertido com seus personagens, repetido seus bordões, sorrido com a inteligência afiada desse vocacionado comediante, celebrem", disse.
Jô Soares
Filho do paraibano Orlando Heitor Soares e de Mercedes Leal Soares, José Eugênio Soares nasceu em 16 de janeiro de 1938 no Rio de Janeiro, onde ganhou fama como apresentador de televisão, humorista, escritor, ator e diretor.
A estreia dele na TV ocorreu em 1958, quando participou do "Noite de gala". No mesmo ano passou a escrever para o "TV Mistério", que tinha no elenco Tônia Carreiro e Paulo Autran. Os programas eram exibidos na TV Rio, onde ele também esteve no "Noites Cariocas".
O trabalho solo de Jô no teatro reuniu textos e performances com tom crítico e cômico, sempre em referência ao cotidiano do Brasil.
Os seus monólogos mais conhecidos foram “Ame um gordo antes que acabe” (1976), “Viva o gordo e abaixo o regime!” (1978), “Um gordoidão no país da inflação” (1983), “O gordo ao vivo” (1988), “Um gordo em concerto” (1994) – que ficou em cartaz por dois anos – e “Na mira do gordo” (2007).
Jô também dedicou-se à publicação de cinco livros, incluindo romances e até uma autobiografia. Entre as produções estão "O homem que matou Getúlio Vargas (1998), "Assassinatos na Academia Brasileira de Letras" (2005) e o "Xangô de Baker Street" (2011).