Músico Eddie Palmieri morre aos 88 anos

Causa da morte não foi revelada. O artista deixa cinco filhos e quatro netos

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(Atualizado às 07:58)
Eddie Palmieri
Legenda: A Fania Records, gravadora de salsa, lamentou a morte do astro
Foto: RAYMOND ROIG / AFP

O músico Eddie Palmieri, que desempenhou um papel importante na explosão da salsa na cidade de Nova York, faleceu nesta quarta-feira (6) aos 88 anos, conforme a conta oficial do artista nas redes sociais.

O "lendário pianista, compositor, líder de banda e uma das figuras mais influentes da história da música latina faleceu em sua residência em Nova Jersey em 6 de agosto", dizia uma publicação no Instagram de Palmieri, ao lado de uma foto do artista.

A Fania Records, gravadora de salsa, lamentou a morte do astro, chamando-o de "um dos artistas mais inovadores e únicos da história da música". "Sentiremos muita falta dele", acrescentou.

O músico deixa cinco filhos e quatro netos. Sua esposa, Iraida Palmieri, faleceu em 2014.

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História

Nascido no Harlem, Nova York, filho de pais porto-riquenhos, Palmieri era o irmão mais novo do pianista Charlie Palmieri e entrou na cena musical ainda jovem. Quando adolescente, ele teve aulas de piano no Carnegie Hall e também aprendeu a tocar timbales.

Ele começou a se apresentar profissionalmente em bandas, incluindo uma temporada de dois anos com o músico porto-riquenho Tito Rodriguez. Palmieri é reconhecido por ter revolucionado o som do jazz latino e da salsa, com uma carreira de mais de sete décadas.

Em 1961, ele fundou a banda "La Perfecta", que redefiniu a salsa ao substituir trompetes por trombones.

Quatro anos depois, sua faixa "Azucar Pa Ti" (Açúcar para você) se tornou um sucesso nas pistas de dança — e décadas mais tarde, foi adicionada à coleção da Biblioteca do Congresso dos EUA.

Em 1975, ele se tornou o primeiro artista latino a ganhar um Grammy, por seu álbum "The Sun of Latin Music", que venceu na recém-criada categoria Melhor Gravação Latina.

Palmieri também foi um dos primeiros músicos de salsa a adotar um tom político em suas composições.

Em 1969, ele lançou o álbum "Justicia" (Justiça), com letras que abordavam desigualdade, justiça social e discriminação, com vocais do cantor porto-riquenho Ismael Quintana e do vocalista cubano Justo Betancourt.

 

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