Fenacce 2025: de shows a oficinas, veja cinco motivos para visitar o festival nacional de artesanato
Festival Nacional de Artesanato e Cultura segue com programação até o próximo domingo (14)
Até o próximo domingo (14), será possível viajar pelo Brasil sem sair de Fortaleza. Milhares de acessórios, peças de vestuário. decoração, comidas típicas e vários outros itens vindos de todos os estados do País estão esperando o público na 7ª edição do Festival Nacional de Artesanato e Cultura (Fenacce).
Um dos principais eventos brasileiros da área ocupa o Centro de Eventos com programações que incluem não apenas dezenas de estandes com artesanato, mas também oficinas em diferentes saberes artesanais, palestras, aulas-show de gastronomia e apresentações musicais.
“O papel fundamental da Fenacce, a missão, é colocar sempre o artesanato e a cultura nacional na vitrine, o nosso Ceará em especial”, garante Stella Pavan, promotora do festival e presidente do Sindieventos Ceará.
Para ajudar nas escolhas do que fazer por lá, o Verso preparou um roteiro que destaca cinco motivos que fazem da visita a Fenacce uma experiência imperdível. Confira!
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Itens e experiências únicas
Com mais de 350 estandes no Centro de Eventos e cerca de 3 mil artesãos do Brasil inteiro, é possível encontrar peças singulares e diferentes entre os corredores da Fenacce. Todos os 27 estados brasileiros estão representados no evento.
Por lá, dá para se deparar, por exemplo, com itens que chamam a atenção como os vários produzidos com o chamado capim dourado, tradicional no Tocantins.
Como explica Eliane Bispo, artesã de Dianópolis (TO) e presidente da Associação Dianapolina de Artesãos, a planta é uma sempre-viva que só dá uma vez por ano, entre setembro e novembro.
“Com ele, a gente faz várias peças decorativas, jarros, acessórios, bolsas, biojoias”, elenca. No estande do Estado, também é possível encontrar artesanatos dos povos indígenas krahô e karajá, por exemplo.
Já no estande do Rio Grande do Norte, a arte de Zaia Filho chama atenção: filho de um artesão paraibano, ele aprendeu com o pai a fazer esculturas de argila.
O diferencial é que, no evento, ele produz na hora obras reproduzindo os rostos dos visitantes. “É uma experiência única pro cliente, pra mim. Cada pessoa tem um rosto diferente, então cada escultura é um desafio”, garante.
Histórias de quem faz
Como destaca Stella, outro diferencial do festival é a proximidade com o artesão. “Ninguém compra uma peça de artesanato sem saber a identidade, como ela é feita, tem que ter uma conversa. Você conhece a história, os desafios, fica amigo”, garante.
Em uma visita ao estande “Socorrinha Artesanal”, por exemplo, várias narrativas são compartilhadas por quatro artesãs paraibanas.
As amigas Ridalva Menezes, Graça Souza, Socorro Vieira e Jeani Rodrigues se uniram para participar juntas da Fenacce, a estreia de três delas. “Nós conhecíamos (o evento) porque a nossa amiga Socorro já tinha vindo. Como em João Pessoa a gente trabalha juntas, a gente se juntou e fez uma uma lojinha colaborativa”, explica Ridalva.
Socorro, veterana no evento, trabalha especialmente com barro e cerâmica na feitura de acessórios como colares e brincos e, também, esculturas. Além das peças feitas por ela, o estande guarda também algumas obras em madeira.
“Essas aqui são do meu namorado”, avisa. Conheceu o novo par a partir do artesanato, após uma relação anterior mais difícil, reforçando a importância do fazer manual para além de questões econômicas.
A defesa é ecoada pela amiga Jeane Rodrigues, cujo trabalho se debruça na arte do crochê.
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“Ele me tirou de um momento difícil, que foi durante a pandemia. Hoje, trabalho com bolsas, bandejas, jarros, artigos de decoração e decoração de quarto de bebê. Isso é o que me ajudou muito a me reestruturar emocionalmente e hoje complementação de renda, já que eu me aposentei e hoje me dedico totalmente ao crochê”, partilha.
Gastronomia dos estandes ao show
No mesmo estande das amigas paraibanas, também expõe produtos artesanais Graça Souza, da Cacaucy Chocolate, que produz chocolates do grão à barra. No estande, é possível degustar as diversas opções de sabores.
As bases da marca são barras de chocolate 71% cacau e 55% cacau. “Desses, derivam (sabores) com pimenta, laranja, zero açúcar, menta… Tem um especialmente que foi feito para Fenacce que é o crocante de castanha de caju”, lista.
Já no estande do Empório Gaúcho, há diversas opções de queijos, como opções temperadas, e salames, nas versões de picanha, de javali e colonial. Por lá, o visitante também pode degustar os itens.
Há, ainda, estandes com cafés, sobremesas, castanhas tradicionais e outras “gourmetizadas”, levando “temperos” como leite em pó, chocolate e ovomaltine, por exemplo.
Além dos estandes, há ainda a área “Cozinha Show”, de gastronomia, promovida pelo Senac, onde chefs apresentam pratos sustentáveis para o público presente.
Oficinas para fazer arte
Além de admirar e saborear, é possível também colocar o artesanato em prática. Em uma área externa ao pavilhão de expositores e estandes, salas montadas acolhem oficinas para aproximar os visitantes de diferentes fazeres artísticos.
De bordado a garrafinha de areia colorida, as formações são oferecidas para diferentes públicos-alvo.
Nos próximos dias, estão previstas aulas de crochê para iniciantes e público intermediário, sapataria, xilogravura, pintura em tecidos e, até, sobre como fotografar peças de artesanato com smartphones.
Destaque para a música
Como novidade deste ano, a Fenacce realiza a I Mostra de Música Autoral, para a qual bandas e artistas se inscreveram anteriormente. O destaque à linguagem foi pensado para reforçar a abertura de escopo do evento.
“A grande mudança (em 2025) é a questão do nome, de ‘feira’ para ‘festival’. Com o passar dos anos, a gente vê o quanto a Fenacce cresceu. Todo ano tem uma novidade, a gente abrange muito a parte cultural. A ideia é todo ano, a partir de agora, ir lançando uma nova tipologia que tem destaque”, explica Stella.
Com oito selecionados, a mostra terá apresentações nesta sexta-feira (12) e o resultado será divulgado no sábado (13). O vencedor recebe um prêmio em dinheiro e a chance de gravar duas faixas em um estúdio profissional.
Junto da mostra temática, o festival também acolhe shows de artistas de renome nacional e estadual. A abertura na terça (9), por exemplo, ficou a cargo de Dorgival Dantas. Outros nomes que vão passar no palco principal do evento incluem Leoni, Marcos Lessa e a dupla Aline e Joyce.
7ª Fenacce - Festival Nacional de Artesanato e Cultura
- Quando: até domingo, 14
- Onde: Centro de Eventos do Ceará (av. Washington Soares, 999 - Edson Queiroz)
- Entrada solidária, com doação de 2kg de alimentos
- Mais informações: www.fenacce.com.br e @fenacce
Confira a programação dos próximos dias
Sexta-feira, 12 de setembro
14 horas - abertura ao público
OFICINAS - SALA PESCADOR
15 horas às 17h30 - Técnicas de crochê
(para iniciantes e intermediário)
18 às 20 horas - Pintura em fronhas
OFICINAS - SALA CEART
15 horas às 17h30 - Couro / Sapataria
18 às 20 horas - Madeira / Xilogravura
OFICINAS - SALA SENAC
15 horas às 17h30 - Flores em 3D
18 às 20 horas - Pintura em tecido
OFICINAS - SALA RENDEIRAS
15 horas às 17h30 - Saudade do sertão
18 às 20 horas - Bordado 3D
GASTRONOMIA
16 às 17 horas - Grolado
17h30 às 18h30 - Grolado: caponata de casca de banana
19 às 20 horas - Grolado: bolo de farinha de rosca e de caju
PALESTRAS - PALCO SABER
14h30 às 14h45 - Economia Criativa como força transformadora para o turismo rural sustentável
15h45 às 16h15 - Desafios e caminhos para a qualificação profissional no mercado - Encontro dos profissionais de turismo
17h15 às 17h45 - Tecnologia e Inteligência Artificial no turismo
18 horas às 18h30 - Lançamento do livro do Chico Belo
PALCO PRINCIPAL
16h45 às 17h30 - Show Aline e Joyce
18 horas às 20h15 - Mostra de música Fenacce
20h30 as 22 horas - Show Marcos Lessa
Sábado, 13 de setembro
10 horas - abertura ao público
OFICINAS - SALA PESCADOR
10 às 12 horas - Oficina de crochê bolsa ecológica
13 horas às 14h30 - Turbanteria
15 horas às 17h30 - Introdução a macramé
OFICINAS - SALA CEART
10 às 12 horas - Fios e tecido Macramê
13 às 15 horas - Fibras Vegetais / Tenerife
15 às 17 horas - Fios e Tecidos / Macramê
18 às 20 horas - Papel / Modelagem
OFICINAS - SALA SENAC
15 horas às 17h30 - Fotografia de artesanatos com smartphone
18 às 20 horas - Fotografia de artesanatos com smartphone
OFICINAS - SALA RENDEIRAS
10 às 12 horas - Bordado beija Flor
13 horas às 14h30 - Bordado Mexicano
15 horas às 17h30 - Pintura em tecido - motivos natalinos
18 às 20 horas - Cores e Luz - Pintura em Tecido
GASTRONOMIA
16 às 17 horas - Nhoque de jerimum com pesto de mastruz, rúcula e salsa
17h30 às 18h30 - "Tuna Caju sando"
19 às 20 horas - Viva Ceará: mel, mastruz, cachaça
PALESTRAS - PALCO SABER
11 às 12 horas - Como fazer efeito oceano em resina em bandeja
14 horas às 14h45 - Do zero à identidade: como criar marcas fortes através do marketing
15 horas às 15h30 - Resgate artesanal - Do Tenerife Tauaense à Tramoia Acarauense: Identidade e renda para novos grupos produtivos de artesãos
15h45 às 16h15 - Roda de conversa sobre sustentabilidade
16h30 às 17 horas - Roda de conversa: Produção cultural e o legado da música brasileira
17h15 às 17h45 - Marketing e Inteligência Artificial; Cenário de Oportunidades
PALCO PRINCIPAL
12 horas às 13h30 - Projeto Nosso Samba
15h45 às 16h30 - Circolarizando - Aquarela
18 horas às 18h50 - Derek Rodrigues
19 horas às 19h30 - Ganhador Festival Fenacce de Música
20 às 22 horas - Leoni, Baia, Rick Ferreira, Makem, Roberto Viana, Luh Lívia e Mimi Rocha (Tributo ao Rock Nacional)
Domingo, 14 de setembro
10 horas - abertura ao público
OFICINAS - SALA PESCADOR
10 às 12 horas - Tramando nós - introdução a macramê
13 horas às 14h30 - Brinquedoteca
15 horas às 17h30 - Oficina de crochê vestuário
OFICINAS - SALA CEART
13 horas às 14h30 - Fibras Vegetais / Trançado
15 horas às 17h30 - Madeira / Xilogravura
18 às 20 horas - Sementes, Cascas, Raízes, flores secas/ entalhamento
OFICINAS - SALA SENAC
15 horas às 17h30 - Flores Natalinas
18 às 20 horas - Fuxico Criativo
OFICINAS - SALA RENDEIRAS
10 às 12 horas - Bordado criativo
13 horas às 14h30 - Agulheiro Vintage
15 horas às 17h30 - Pintura em tecido - Motivos natalinos
PALESTRAS - PALCO SABER
14h30 às 14h45 - Daniele Caldas - moda SENAC
PALCO PRINCIPAL
12 horas às 13h30 - Quarteto Baobá
14 horas às 14h45 - Marcelo Melo
16 horas às 16h20 - Desfile Senac
16h45 às 17h45 - Epidemia de Bonecos
17h50 às 18h40 - Cordapés
18h50 às 19h50 - Banda Zona Proibida
20 às 21 horas - Show Vitória Fernandess