Governo do Estado cria Empresa Cearense de Audiovisual; saiba impactos
Anúncio foi feito nesta quinta-feira (4) e deve fomentar produção e consumo de conteúdos no interior do Ceará.
Após quase uma década desde que o então governador Camilo Santana anunciou um projeto dedicado ao desenvolvimento do audiovisual no Estado, a Empresa Cearense de Audiovisual está entre nós. O momento é oportuno, sobretudo diante do alcance crescente de nossas produções Brasil e mundo afora, e inúmeras demandas da classe ligada ao setor.
O passo foi compartilhado nesta quinta-feira (04) pelo governador Elmano de Freitas nas redes sociais – o qual apontou como "conquista para a Cultura do Ceará". "Uma ferramenta estratégica para fomentar a produção e o consumo de conteúdos no interior do Ceará", publicou.
O projeto de lei foi assinado ao lado ministra da Cultura do Brasil, Margareth Menezes, da secretária da Cultura do Ceará, Luisa Cela, e de outras autoridades e profissionais do audiovisual. As propostas seguem para apreciação e votação na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece).
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Informações sobre a empresa foram noticiadas pelo Verso em diversas reportagens. À coluna do repórter João Gabriel Tréz, a secretária da Cultura do Ceará, Luisa Cela, adiantou, em agosto do ano passado, que a previsão de ter a Ceará Filmes – como a empresa popularmente é conhecida – “operando”, em formato ainda a ser determinado, era 2026.
A consultoria de implantação do projeto, por sua vez, foi efetivada com Alfredo Manevy, outrora integrante da Agência Nacional do Cinema (Ancine) e colaborador da criação das empresas públicas Spcine (SP) e Bahia Filmes (BA) – referências para a experiência cearense.
Paralelo a isso, conforme a coluna, houve um seminário de escuta das demandas do campo no Estado, das experiências exitosas do tipo no Brasil e na América Latina e, ainda, da estrutura interna do Governo.
Aprofundamento de uma pesquisa sobre o aspecto econômico do setor também ocorreu, com resultados quantificados neste ano. Entre os dados, está que a cada R$ 1 investido no setor audiovisual cearense, em média R$ 3,10 retornam à economia.
A estatística foi apresentada durante audiência pública que debateu a criação da futura Empresa Pública de Audiovisual do Estado do Ceará, no último mês de setembro.
Produções cearenses no mundo
Também em entrevista à coluna de João Gabriel Tréz, o já citado Alfredo Manevy explicou que a Empresa Cearense de Audiovisual poderá ter um papel importante na distribuição e promoção do cinema, criando melhores condições de filmes cearenses para circular no Brasil e no mundo.
"Hoje temos centenas de filmes produzidos no Brasil por ano com dificuldades de chegar à sociedade, seja em salas, seja via TV ou streaming. Na formação me parece que trata-se de ver quais os eventuais gargalos do mercado e, para tanto, ela pode atuar diretamente ou fortalecer o que já existe, apoiando ou parceirizando com as instituições que já fazem um excelente trabalho"
Ele também disse que podemos esperar uma política mais robusta para o audiovisual cearense, haja vista que uma organização assim dará apoio especializado e terá informações precisas sobre a dinâmica econômica e social.