Lula fala em crescimento da economia e que 'dinheiro tem que circular na mão de toda a sociedade'

Discurso ocorreu pouco tempo após anúncio da taxa Selic, porém presidente não comentou o assunto

Escrito por
Paloma Vargas paloma.vargas@svm.com.br
presidente lula em fortaleza
Legenda: Lula falou sobre o crescimento da economia durante discurso em Fortaleza
Foto: Thiago Gadelha

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desafiou teóricos da economia e disse que o Brasil vai crescer acima de 3% neste ano. "Eles (especialistas), dizem que o Brasil não vai crescer muito em 2025 e eu quero aqui fazer um desafio aos teóricos: o Brasil vai crescer, outra vez, a cima dos 3%".

A fala ocorreu no evento em Fortaleza de inauguração do Hospital Universitário do Ceará (HUC), no início da noite desta quarta-feira (19). Havia expectativa de que Lula comentasse o aumento da taxa Selic, juros básicos da economia, em 1 ponto percentual, para 14,25% ao ano.  

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A decisão por unanimidade do Comitê de Política Monetária (Copom) ocorreu pouco tempo antes da aparição pública do presidente. Com o aumento, a taxa passa de 13,25% para o maior patamar desde outubro de 2016.

Crescimento contraria projeções desde 2023

Para contextualizar sua crença de crescimento da economia do País para este ano, Lula ainda relembrou que especialistas não acreditavam no crescimento do Brasil desde o primeiro ano do seu mandato. 

"Em 2023, a projeção era de 0,8% e o país cresceu 3,2%. No ano passado, economistas apontavam um crescimento de 1,5% e o Brasil cresceu 3,4%".

Ele creditou o crescimento do país as ações de aumento do salário mínimo acima da inflação, assim como dos acordos salariais.

A gente vai ter crédito para que as pessoas possam tomar dinheiro emprestado, fazer juro mais barato e fazer os investimentos que quiserem. Vai crescer mais porque a gente vai fazer muito crédito para o pequeno e médio empreendedor".
Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente do Brasil

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Distribuição de renda para movimentar a economia

Ainda sobre economia, Lula afirmou ter uma teoria. "A minha tese é simples, se pouca gente tiver muito dinheiro o Brasil vai continuar pobre, as pessoas vão continuar passando fome, as pessoas vão continuar sem emprego, vão ter uma qualidade de educação pior. Agora, ao contrário, se todo mundo tiver um pouco, o Brasil será muito melhor, porque o dinheiro tem que circular na mão de toda a sociedade".

Ele ainda ressaltou que "este país não tem dono; o dono deste país é o povo brasileiro".

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