Banco Central eleva Selic para 14,25% e mantém política de juros altos contra inflação
Esse é o maior patamar desde outubro de 2016, e deve ser registrada nova alta em maio

O Banco Central (BC) elevou a taxa Selic para 14,25% ao ano, após decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira (19). O aumento de 1 ponto percentual era esperado pelo mercado e já havia sido sinalizado pelo BC em reunião realizada em janeiro.
Essa é a quinta alta consecutiva da taxa, que atinge o maior patamar desde outubro de 2016. O movimento reforça um ciclo de aperto monetário iniciado em setembro do ano passado, quando a Selic começou a subir após permanecer em 10,5% entre junho e agosto.
A decisão do Copom ocorre em meio à pressão inflacionária, impulsionada pelo aumento dos preços de alimentos e energia, além das incertezas na economia global.
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Inflação e impacto econômico
Em fevereiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 1,48%, acumulando 4,87% em 12 meses, acima do teto da meta do ano passado.
Com o novo sistema de meta contínua de inflação, em vigor desde este mês, o Banco Central tem como objetivo uma inflação de 3%, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
O modelo permite um acompanhamento mensal da inflação acumulada nos últimos 12 meses, deslocando a verificação ao longo do tempo.
A expectativa do mercado agora se volta para a próxima reunião do Copom, em maio, quando o Banco Central pode promover um novo ajuste nos juros.
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