Morre Gilsinho da Conceição, intérprete da Portela, aos 45 anos

Cantor faleceu após sofrer por complicações do procedimento

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 19:57)
Gilsinho, intérprete da Portela
Legenda: Gilsinho, intérprete da Portela
Foto: Reprodução/Instgaram

O cantor Gilsinho da Conceição, intérprete oficial da Portela, morreu nesta terça-feira (30). A notícia foi confirmada em publicação da escola de samba no Instagram. 

Responsável por marcar a história recente da agremiação, Gilsinho foi a voz que conduziu a Portela ao título de 2017, encerrando um jejum de 33 anos. No desfile deste ano, emocionou o público com a homenagem a Milton Nascimento, na Sapucaí.

De acordo com integrantes da escola, o artista passou por uma cirurgia bariátrica no Hospital Cardoso Fontes, na Freguesia, e não resistiu a complicações do procedimento.

Em nota publicada nas redes sociais, a escola lamentou profundamente a perda:

Obrigada, Gilsinho! Por tudo! Por tanto! A Portela JAMAIS te esquecerá! Gilsinho é alma portelense. Sua voz embalou momentos inesquecíveis, emocionou gerações e marcou profundamente o carnaval do Brasil. Ele representou com maestria a nossa tradição, levando o nome da Portela com respeito, talento e paixão.” A agremiação decretou luto oficial de três dias
Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela

Quem era Gilsinho?

Gilsinho era filho de Jorge do Violão, integrante da Velha Guarda portelense. Além da Portela, passou pela Unidos de Vila Isabel e conquistou três Estandartes de Ouro (2012, 2019 e 2022) como melhor puxador.

Em São Paulo, também defendeu escolas tradicionais como Tom Maior, Vai-Vai e Unidos de Vila Maria.

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O presidente da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), Gabriel David, classificou a morte como “inacreditável”. “Obrigado por tudo que fez pelo samba. Sua trajetória está marcada na história, descanse em paz querido artista”, escreveu nas redes sociais.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, portelense declarado, destacou a importância do intérprete: “Como poucos, ele transformava as letras e melodias em uma experiência coletiva. Gilsinho vai fazer muita falta ao carnaval carioca! Vá em paz meu irmão!”.

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