Estilista Giorgio Armani quase foi médico: saiba curiosidades sobre a vida do ícone da moda
Ele morreu nesta quinta-feira (4), aos 91 anos
O renomado estilista Giorgio Armani, que morreu nesta quinta-feira (4), aos 91 anos, nem sempre teve a moda como profissão. Ele chegou a cursar Medicina em Milão, mas abandonou os estudos três anos depois para se juntar ao exército, onde trabalhou no hospital militar.
Armani entrou para a moda em 1957, aos 41 anos, inicialmente, como vitrinista. "Entrei na moda quase que por acidente. Depois, foi crescendo em mim até me absorver completamente, roubando toda a minha vida. [....] Eu nunca pensei em entrar na moda, mas acidentalmente consegui pessoas que trabalhavam na indústria em diferentes áreas, do marketing até a distribuição. Percebi que poderia acrescentar em algo criativamente, então, aceitei entrar para uma grande marca de moda e cuidar da linha masculina, cuidando de tudo de design do zero, ou o que um tecido realmente era. Eu não fiz faculdade de moda, como Saint Martins ou o Instituto Marangoni", revelou ele à imprensa em outro momento.
Já consagrado, ele também foi pioneiro ao ser o primeiro a transmitir desfiles ao vivo e online, em meados dos anos 2000. Além disso, outro destaque foi ter assinado os figurinos do atores Richard Gere e Robert DeNiro nos filmes "Gigolô Americano" (1980) e "Os Intocáveis" (1987).
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Modernizar a alfaiataria
Armani ganhou projeção na moda quando decidiu modernizar a alfaiataria. "Estava motivado pelo desejo de modernizar a alfaiataria. Tudo avançava em outras áreas, mas, na costura, não. Quis usar tecidos agradáveis, além de revisar o blazer, eliminando muito do forro e do enchimento. Apresentei a proposta nos anos 80 e a desenvolvi durante toda uma década", contou ele, um dia, em entrevista à ELA.
Mais recentemente, ele declarou que estava aberto a fundir o seu negócio com outros. "A independência de grandes grupos ainda pode ser um valor impulsionador para o Grupo Armani no futuro, mas não sinto que posso descartar nada", comentou.
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Mãe confeccionava as roupas da família
No documentário "Made in Milan" (1990), dirigido por Martin Scorsese, Armani, que nasceu na cidade de Piacenza, no interior da Itália, revelou ainda que sua mãe era quem confeccionava as roupas para ele e para o restante da família e que os pais foram sua primeira referência de elegância.
"Tenho muitas memórias da infância. Elas, definitivamente, influenciaram meu trabalho. Lembro da elegância do meu pai e da minha mãe. Uma elegância simples. Era, principalmente, uma elegância interna, afinal, não tínhamos muito dinheiro. [...] Lembro que minha mãe fazia as roupas para mim e para todos os filhos. Nós causávamos inveja em todos os colegas de sala. Parecíamos ricos, mesmo sendo pobres", lembrou ele no produto audiovisual.