Letícia Birkheuer reage a vídeo do filho e fala em alienação

Ex-atriz comenta acusações, contesta versão do adolescente e detalha disputa judicial.

Escrito por
Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 12:10)
Imagem de Letícia Birkheuer com a mão no rosto, de camisa branca com detalhes de renda
Legenda: Letícia Birkheuer publicou um segundo vídeo nas redes sociais e afirmou que não vai desistir da disputa.
Foto: Reprodução/Instagram.

A modelo e ex-atriz da Globo Letícia Birkheuer, de 47 anos, se manifestou publicamente após a repercussão de um vídeo em que seu filho, João Guilherme, de 14 anos, aparece ao lado do pai, o empresário Alexandre Furmanovich, pedindo à Justiça a suspensão das visitas à mãe. A gravação trouxe relatos de desconforto, exposição nas redes sociais e uma suposta agressão durante uma visita ao Rio de Janeiro.

A controvérsia ganhou força depois que Letícia publicou um desabafo no Instagram, relatando a tristeza de passar o Natal distante do filho. No texto, ela contou que o adolescente bloqueou seu contato no WhatsApp, deixou de atender ligações e se afastou da família materna desde que passou a viver com o pai em São Paulo.

Veja também

“Quando olho suas roupas em casa, vejo que não devem servir mais. Você cresceu. E não voltou para usá-las. Fiz uma reforma no seu quarto. Você também não veio ver. Escrevi no seu WhatsApp, mas você me bloqueou”, escreveu a modelo, afirmando ainda ter gasto mais de R$ 1 milhão em ações judiciais.

Em resposta, João Guilherme divulgou um vídeo dizendo estar cansado da exposição e relatou que teria sido forçado a viajar contra a própria vontade. O ponto mais grave do depoimento envolve um episódio com um enfermeiro contratado por Letícia. Segundo o adolescente, ao tentar sair da casa da mãe, ele teria sido perseguido e agredido: “Ele me deu um ‘mataleão’, a gente começou uma troca de soco, eu estava quase enforcado no chão. Ainda bem que a polícia do parque atravessou toda a avenida e impediu a situação”.

O jovem também afirmou que o profissional teria sido contratado de forma irregular e que não se sentia confortável na residência materna. Ao final, pediu que a Justiça suspenda a convivência obrigatória, alegando ter “capacidade cognitiva” para decidir onde morar.

Versão de Letícia

Letícia, por sua vez, apresentou outra versão. Ela confirmou a contratação do enfermeiro, alegando recomendação médica.

“Eu contratei, sim, um enfermeiro para acompanhar a visita. Eu tenho um laudo médico que diz que seria a melhor opção, porque na semana ele disse para mim que poderia até vir para o Rio de Janeiro, mas que poderia não ficar”, explicou. Segundo a modelo, o filho teria fugido pela avenida e o profissional apenas tentou contê-lo para evitar riscos. “Esse enfermeiro não machucou o João, ele apenas conteve ele. O que o João relata no vídeo é mentiroso”, afirmou.

Veja também

A disputa entre os pais se arrasta há mais de quatro anos. Letícia diz que o conflito se intensificou após um acidente de carro envolvendo o filho e o pai. “Quando o pai dele veio buscar ele na minha casa alterado, eu não deixei meu filho ir. Logo depois, ele teve um acidente de carro com o pai em São Paulo, quase morreram, teve capotamento e o pai omitiu no B.O. que meu filho estava no acidente”, declarou.

Descumprimento de medidas

Ela também acusa o ex-marido de alienação parental e de descumprir decisões judiciais, o que teria gerado multas elevadas. “Meu filho morava comigo e ele começou a ser alienado pelo pai. Começou a se tornar uma criança agressiva, começou a não obedecer em casa, fazer coisas na escola”, disse. Em outro momento, desabafou sobre a lentidão do processo: “Assinei um acordo na justiça para que ele fosse morar dez meses e depois disso seria feito um estudo social do caso. Tem mais de dois anos que esse estudo não foi feito. A justiça é muito morosa”.

Ao final, Letícia reafirmou que não pretende desistir da disputa. “Eu tenho direito, eu sou mãe, eu tenho guarda compartilhada. Eu criei meu filho durante 11 anos sozinha no Rio de Janeiro”, afirmou. Em meio ao recesso do Judiciário, ela diz que passará mais um Natal longe do filho, mesmo sendo o ano previsto no acordo de convivência. “Meu filho comprou toda história do pai. Eu hoje tento trazer meu filho de volta. Essa é a verdade”, concluiu.

Assuntos Relacionados