"Importante é estar seguro na prova. É fazer o que gosta”, diz estudante 1º lugar em Medicina na UFC

A estudante cearense Carla Larissa Farias, 18 anos, se destacou no curso mais procurado na UFC em 2022. Ao todo foram 7,2 mil candidatos para 160 vagas

Escrito por Redação ,
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Legenda: Para o futuro na Universidade, Carla diz que tem muitas expectativas e uma delas é poder atuar na área da pesquisa.
Foto: Arquivo pessoal

Quando a estudante cearense Carla Larissa Farias Leitão, de 18 anos, fez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no final de 2021, se esforçou bastante, conta ela, mas não imaginava que teria tanto êxito. Naquela altura, havia decidido que tentaria cursar Medicina.

Meses depois, veio o bom resultado registrado no Sistema de Seleção Unificada (Sisu): com média geral 836,56, a aluna foi aprovada em 1º lugar no curso de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC). 

“Eu vi hoje de manhã (que ficou em 1º lugar) e não tinha ninguém em casa comigo na hora, meus pais estavam trabalhando. Foi uma sensação que eu nem consigo explicar. Liguei para a minha mãe e ela chorou muito no telefone comigo. Era uma coisa que estávamos torcendo muito. Não esperava ficar em uma posição tão boa na UFC que é tão concorrida”, relata.

7.243 
Candidatos inscritos para 160 vagas, gerando uma concorrência de 45 candidatos por vaga.

Conforme informações divulgadas pela UFC, baseada em dados do Ministério da Educação (MEC), órgão responsável pelas inscrições no Sisu, o futuro curso da estudante Carla Larissa - Medicina, em Fortaleza, foi o mais procurado na instituição em 2022. 

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Rotinas de estudos

A aluna Carla Larissa, filha de um motorista de transporte escolar e de uma diretora da rede pública de Fortaleza, e professora em Caucaia, estudou no Colégio Master. De acordo com ela, a decisão por Medicina veio “tardiamente”, já que só foi definida no segundo semestre do 3º ano. 

“Eu tinha bastante afinidade com biologia e as matérias de cálculo. Meus professores me ajudaram a ir vendo o que eu realmente desejava fazer”.
Carla Larissa Farias Leitão
Estudante

Ela explica que tinha aula em tempo integral, e além disso, tentava dedicar ao menos mais 5 horas diárias aos estudos.  

No núcleo familiar mais próximo, afirma, não há ninguém formado em Medicina. “Eu sou da segunda geração da minha família que está conseguindo entrar no ensino superior”, completa. 

Para quem está no Ensino Médio e sente a pressão da conclusão dessa etapa, Clara destaca: “O mais importante é estar seguro em fazer a prova e o máximo que você conseguir. O importante é fazer o que você gosta, o que vai te fazer feliz”.

Para o futuro na Universidade, Carla diz que tem muitas expectativas e uma delas é poder atuar na área da pesquisa. Investigar doenças neurodegenerativas, por ora, é um desejo da estudante.  

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Dificuldades na pandemia

Os 2 últimos anos do Ensino Médio para Carla foram atípicos Na pandemia de Covid, ela teve aulas remotas, híbridas e presenciais.

“Sempre fui uma pessoa que gostava de ficar perto dos professores. Em casa, eu sou muito distraída. A solução pensada por mim e meu amigos era que a gente assistia aula online sempre de câmera ligada, vendo um ao outro. Eu tinha um determinado apoio vendo eles lá". 
Carla Larissa Farias Leitão
Estudante

Em 2021, ano no qual ela fez o Enem, as aulas começaram remotas. Depois, no modelo híbrido com rodízio da turma. No meio do ano passado, explica, “voltamos 100% presencial”. 

Sobre a universidade, Carla destaca que “vai ser uma experiência como eu nunca tive. Vai ser uma oportunidade para que eu cresça e me torne mais independente”. 

 

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