Museu Nacional do Rio reabre para exposição sete anos após incêndio

Até o momento, já foram concluídas as restaurações de 75% das fachadas e 80% dos telhados

Fachada do Museu Nacional
Legenda: Fachada do Museu Nacional
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Museu Nacional, localizado no Rio de Janeiro (RJ), reabre portas ao público nesta quarta-feira (2). O equipamento estava fechado desde 2018, quando um incêndio destruiu o prédio histórico e o acervo, com mais de 20 milhões de itens. Após anos de obras de restauração, três espaços do palácio bicentenário serão reabertos para a exposição temporária "Entre Gigantes: uma Experiência no Museu Nacional", que vai até o dia 31 de agosto.

Visitantes podem testemunhar os avanços no restauro do palácio, reencontrar o icônico meteorito Bendegó e conhecer uma nova peça da instituição: o esqueleto de um cachalote, que tem 15,7 metros de comprimento e está afixado na nova claraboia do edifício. Três ambientes fazem parte da exposição, que articula natureza, patrimônio e arte.

O meteorito do Bengedó
Legenda: O meteorito do Bengedó
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Restauração em andamento

A reabertura parcial ocorre paralelamente à continuidade das obras de reconstrução do palácio histórico e da busca por financiamento.

O orçamento total da obra é de R$ 516,8 milhões. Do total, já foram captados R$ 347,2 milhões com entes públicos e empresas privadas, sendo que a maior quantia – R$ 100 milhões – foi repassada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O ministro da Educação, Camilo Santana, garantiu, em visita ao local na segunda-feira (30), que o restante da quantia necessária — quase R$ 170 milhões — será levantado. Ele também confirmou negociações para que a Petrobras faça aportes.

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Até o momento, já foram concluídas as restaurações de 75% das fachadas e 80% dos telhados, com a preservação das características originais do palácio, que foi residência da família real brasileira, antes de abrigar o museu.

Neste momento, estão sendo feitas a reforma e a ampliação do prédio anexo ao palácio, o reforço estrutural de vãos e a consolidação de alvenarias, além da instalação de sistemas de proteção contra raios e de captação de águas da chuva, entre outros itens.

Roberto de Andrade Medronho, reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro — à qual o museu é subordinado —, lembrou que a reabertura do palácio também representa um marco para as atividades de ensino e pesquisa: "Esse museu é um ícone nacional não só histórico e cultural, mas também científico. Nós formamos aqui pesquisadores para o Brasil inteiro e para o mundo e é uma instituição de reputação internacional".

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