Padre que viralizou ao recusar batizar bebê reborn explica post: 'Muitos fogem da realidade'
Chrystian Shankar é de Minas Gerais e tem 3,7 milhões de seguidores no Instagram
O padre Chrystian Shankar, que viralizou há poucos dias ao dizer que não batiza bebês reborn e ironizar a situação, fez um pronunciamento aos 3,7 milhões de seguidores no Instagram nessa quinta-feira (22).
“Há poucos dias, fiz uma postagem — com certo tom irônico — sobre a crescente procura por 'cuidados' com bonecos reborn. E, para minha surpresa, a repercussão foi nacional”, começou o mineiro de Divinópolis na legenda da publicação que traz uma série de matérias sobre o ocorrido.
Veja também
'Ao menos a benção'
Ele disse que, em 2014, em Roma, uma pessoa que havia comprado um bebê reborn sugeriu que ele batizasse ou, ao menos, abençoasse o boneco. "Na última semana, recebi duas mensagens no direct do Instagram perguntando se haveria possibilidade de batizar ou abençoar um boneco reborn. Desta vez, eram brincadeiras — espero! — mas não duvido que a ideia já tenha passado pela cabeça de alguém".
Ele afirmou que a postagem que viralizou foi nada mais que resposta bem-humorada, mas que podia servir como um alerta: “Colecionar bonecos é uma coisa, tratá-los como se fossem filhos reais é outra. Pessoas têm levado bonecos para piqueniques, procurado creches, médicos, escola… São sinais de um tempo em que muitos têm dificuldade de lidar com a realidade, fugindo da dor com fantasias.”
Por fim, o padre destacou que “devemos acolher com carinho quem enfrenta a solidão, mas sem perder o senso da realidade”. “Precisamos de equilíbrio, discernimento e fé para não confundir afeto simbólico com ilusão. Que o Senhor nos conceda sabedoria para viver esses tempos com lucidez e caridade”, finalizou.
Na semana passada, Chrystian Shankar dividiu opiniões na internet ao publicar uma nota em que dizia: "Não estou realizando batizados para bonecas reborn recém-nascidas. Nem atendendo mães de boneca reborn que buscam por catequese. Nem celebrando missa de primeira comunhão para crianças reborn. Nem oração de libertação para bebê possuído por um espírito reborn", escreveu o padre, em tom satírico. Ele ainda completou: "Também não celebro missa de sétimo dia para reborn que arriou a bateria".