Em homenagem, Sônia Braga relembra romance e parceria com Robert Redford
Atriz brasileira, que namorou o astro nos anos 80, compartilhou memórias afetivas e bastidores do filme "Milagro"
A atriz Sônia Braga publicou, nessa terça-feira (16), um texto emocionante em suas redes sociais em homenagem a Robert Redford, que morreu aos 89 anos. A brasileira relembrou o relacionamento que viveu com o astro na década de 1980 e destacou o impacto dele em sua vida pessoal e profissional.
No relato, Sônia contou que sua estreia no cinema americano, no filme “Milagro”, aconteceu a convite de Redford, responsável pela direção. Na época, ela não falava inglês e precisou aprender o idioma. “Ser dirigida por Redford foi uma experiência única. Ruby, minha personagem, era uma mulher fascinante. Robert, por sua vez, tinha uma beleza serena, inquieta e uma intensidade rara no olhar”, escreveu.
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A atriz recordou ainda os momentos fora do set de filmagens, quando ambos compartilhavam conversas profundas e caminhadas. “Falávamos sobre a vida, as flores, os lugares. Ele queria saber muito sobre o Brasil. Robert amava flores. Foi ele quem me levou a conhecer Sundance, para onde voltei muitas vezes e pudemos fazer longas caminhadas juntos. Sempre regressávamos com um buquê de flores selvagens, colhido pelo caminho”, relatou.
Ela também mencionou a estreia do longa em Cannes, ocasião em que os dois estiveram juntos. “Lembro que ele havia acabado de voltar de uma viagem à Rússia e trouxe de lá um buquê de flores selvagens para mim. O amor pela natureza era um elo profundo entre nós”, afirmou.
Embora já não visse o ator há muitos anos, Sônia revelou que memórias de Redford ainda surgiam em situações simples do cotidiano. "Às vezes, ao caminhar por NY e fotografar minhas pequenas flores, um hobby meu, me vêm lembranças perfeitas: uma caminhada tranquila, uma flor rara, o cheiro da terra. A natureza é isso: linda, poderosa, capaz de nos aproximar".
Em tom reflexivo, a atriz encerrou a homenagem lembrando a importância da conexão humana em tempos de turbulência. “E talvez seja exatamente nisso que devêssemos pensar no mundo conturbado de hoje: nas coisas que nos unem, muito mais do que nas que nos separam. RIP, Robert”.