Menina Benigna é beatificada no Cariri nesta segunda-feira (24)

Natural de Santana do Cariri, Benigna é a primeira beata cearense reconhecida pela Igreja Católica

Escrito por Redação ,
Beatificação da menina benigna
Legenda: A imagem oficial de Benigna foi exibida no evento para saudar a nova beata
Foto: Claudiana Mourato

Benigna Cardoso da Silva, a menina Benigna, foi beatificada nesta segunda-feira (24), no município de Crato, na Região do Cariri, tornando-se a primeira beata cearense. A cerimônia ocorreu no fim da tarde no Parque de Exposição Pedro Felício Cavalcante foi presidida pelo cardeal Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus. 

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Após o ato penitencial, iniciou-se a beatificação, pedida formalmente pelo bispo Dom Magnus Henrique Loques ao cardeal Steiner. 

No evento, o coordenador-geral da beatificação, padre Wesley Barros, leu a biografia de Benigna. Pouco antes das 18h, o cardeal Leonardo Steiner leu a carta apostólica que confirmou o ato.

Imagem da beata foi exibida aos fiéis: 

O rito da terminou com o descerramento do tecido que cobria a imagem da beata Benigna. A cearense agora poderá ser venerada nos altares como uma mártir. Ela é a quarta mártir do Brasil. 

 

O evento teve a presença de cerca de 60 mil pessoas. A data da beatificação coincide como o último dia da Romaria da Menina Benigna, celebração incluída no Calendário Oficial de Eventos do Estado do Ceará desde 2019.

Beatificação da menina benigna
Legenda: A cerimônia foi presidida cardeal Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus
Foto: Claudiana Mourato

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Processo de beatificação

Natural de Santana do Cariri, Benigna, morta em 1941 aos 13 anos, completou um dos passos necessários para uma futura canonização.

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A beatificação foi autorizada pelo Papo Francisco em outubro de 2019, oito anos após a Diocese de Crato pedir a abertura do processo. Em 2013, a menina Benigna foi nomeada "Serva de Deus" pela Igreja Católica. 

Quem foi a menina Benigna?

Benigna Cardoso da Silva nasceu em Santana do Cariri em 1928. Em 1941, aos 13 anos de idade, ela foi assassinada com golpes de facão dados por Raul Alves, após recusar ter relações sexuais com o criminoso.

Após a morte, a Menina Benigna passou a ser venerada como mártir na Região do Cariri e virou símbolo da resistência contra o feminicídio e a violência sexual contra crianças e adolescentes.

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