Quem é Marina Alves, jornalista do SVM e inspiração do filme 'Milagre do Destino'
Repórter da TV Verdes Mares se recupera das sequelas do transplante de medula óssea após tratamento contra um linfoma agressivo; Marina descobriu irmã por parte de pai em meio a processo

Marina Alves Bezerra, 35 anos, repórter da TV Verdes Mares (TVM), filial da Globo no Ceará, é a inspiração para Marília Álvarez. Protagonista do filme "Milagre do Destino", que vai ao ar nesta segunda-feira (24), na Tela Quente, a personagem, vivida por Dani Gondim, passa por uma série de desafios enquanto enfrenta um linfoma agressivo.
Marina, cuja história inspira o longa, trabalha há mais de uma década no Sistema Verdes Mares. Ela começou sua trajetória profissional na casa ainda como estagiária, em 2010, onde aprendeu a ser produtora. Anos depois — passada uma temporada como assessora de imprensa —, retornou à empresa como produtora contratada.
Já exerci todas as funções na parte da TV. Tanto como estagiária, como na produção. E quando precisava de alguma coisa na edição eu também fazia. Não queria era de jeito nenhum a reportagem. Não era nem por vergonha, mas achava que não ia me dar bem. [...] Até que um dia aceitei gravar um piloto e o piloto já foi para o ar".
Formada pela Universidade de Fortaleza (Unifor), Marina diz que, apesar do receio inicial, descobriu-se na reportagem televisiva. "Me encontrei. Meu Deus, como eu fiquei tanto tempo presa na redação tendo esse mundo inteiro para explorar?", brinca ela.

Na programação da TVM, a jornalista acumula passagens pelos programas "Bom dia, Ceará", "CETV 1ª Edição" e "CETV 2ª Edição", além do "Nordeste Rural". Já na grade da Rede Globo, ela também fez participações no "Bom Dia, Brasil", no "Jornal Hoje" e no "Fantástico".
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Como está Marina Alves hoje?
Marina, atualmente, mora com a mãe, em Fortaleza, e se recupera das sequelas do transplante de medula óssea a que foi submetida para tratar o câncer.
Ela tem um filho, Gabriel, de 17 anos. "Engravidei e fui mãe aos 18. Estava no primeiro semestre da faculdade de Jornalismo", lembra.
Com 165 mil seguidores no Instagram, a jornalista é atuante nas redes sociais, onde relata sua rotina no enfrentamento das sequelas da cirurgia, conscientiza sobre a importância da doação de medula e compartilha momentos com amigos e família — incluindo a técnica de enfermagem Lumara Sousa, sua "recém-descoberta" irmã, que salvou sua vida.
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Entenda o caso
Em 2021, Marina foi diagnosticada com linfoma, um tipo raro de câncer, e iniciou uma campanha de doação de sangue, plaquetas e medula óssea nas redes sociais.
À época, os médicos disseram que a única cura possível para a repórter seria por meio de um transplante de medula. No entanto, as chances de achar um doador compatível é de 30% entre irmãos e muito menor quando se busca entre não-aparentados, conforme o Instituto Nacional do Câncer (Inca).
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Marina, que acreditava ser filha única, chegou a dizer, na campanha, que precisava de uma "legião de irmãos" espalhados pelo Brasil para salvá-la.
O "milagre" veio de maneira surpreendente. No próprio hospital onde estava internada, a jornalista descobriu que Lumara Sousa, uma das técnicas de enfermagem que trabalhava no banco de sangue e que já havia, inclusive, enviado mensagens para ela para destacar a semelhança entre as duas, era sua irmã por parte de pai.