Morre Heloisa Teixeira, escritora e imortal da ABL, aos 85 anos

Professora estava internada no Rio de Janeiro

Escrito por
Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 13:07)
Retrato de uma mulher mais velha com cabelo escuro e óculos. Ela possui lábios vermelhos e uma expressão serena. A imagem destaca a beleza e a sabedoria da idade.
Legenda: Escritora assumiu a cadeira 30 da Academia Brasileira de Letras em 2023
Foto: Reprodução

Heloisa Teixeira, escritora, pesquisadora, e imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), morreu na manhã desta sexta-feira (28), anos 85 anos. A informação foi compartilhada pela ABL por meio das redes sociais, que confirmou a causa da morte como uma insuficiência respiratória aguda ocasionada por pneumonia.

"Nossa querida Helô foi imensa – e deixa um legado incontestável de pensamento crítico, generosidade e compromisso com uma cultura mais justa, plural e inclusiva", diz o comunicado da academia.

Trajetória de Heloísa Teixeira

Nascida em Ribeirão Preto (SP), Heloísa era destaque no campo acadêmico. Foi formada em Letras Clássicas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), com mestrado e doutorado em Literatura Brasileira na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-doutorado em Sociologia da Cultura na Universidade de Columbia, em Nova Iorque.

Heloísa explorou o mundo literário com obras que abordam relações de gênero e étnico-raciais, culturas marginalizadas e cultura digital. Esse repertório cultural resultou em diversos livros, entre eles "Macunaíma, da literatura ao cinema"; "26 Poetas Hoje"; "Impressões de Viagem"; "Cultura e Participação nos anos 60"; "Pós-Modernismo e Política" e "O Feminismo como Crítica da Cultura".

Veja também

Em 2023, foi eleita para assumir a cadeira 30, antes da escritora Nélida Piñon, na Academia Brasileira de Letras. "Heloisa trouxe à ABL não apenas sua brilhante sagacidade intelectual, mas também um espírito de acolhimento e fraternidade que marcou profundamente todos com quem conviveu", ressalta a academia.

Nos últimos anos, passou a se apresentar publicamente com o nome materno, após deixar Heloísa Buarque de Hollanda de lado. O sobrenome vinha do primeiro marido, o advogado e galerista Lula Buarque de Hollanda, já falecido.

Em 2025, o Canal Curta! publicou um documentário sobre a vida e obra da escritora, intitulado “O nascimento de H. Teixeira”.

>> Acesse nosso canal no WhatsApp e fique por dentro das principais notícias