Ex-bailarina do Faustão relata terror na prisão: 'Comida estragada'
Natacha Horana diz que não entendeu a prisão e descreve condições precárias na cela.
A ex-bailarina do Faustão, Natacha Horana, 34, voltou a comentar sobre o período em que ficou presa, durante participação no PodShape, apresentado por Juju Salimeni. Ela relembrou a abordagem policial, afirmou que não compreendeu o motivo da detenção e reforçou que sempre se declarou inocente.
“Foi uma surpresa para mim como para todo mundo. Chegaram na minha casa e me prenderam. Falaram o porquê: lavagem de dinheiro e associação criminosa. Ai eu perguntei por quê? Eles disseram: 'pergunta para o seu advogado'. É tão rápido as coisas. Eu falei: 'Deus do céu o que está acontecendo?. A juíza tem que ver que está acontecendo alguma coisa de errado'. Eles não dizem nada e eu fiquei sem entender. Fui algemada igual bandida”, relatou.
No podcast, Natacha detalhou o choque ao chegar à cela e o medo que sentiu desde o primeiro momento. "Medo, pânico. Pensei: eu posso morrer aqui. Chegando lá você não dorme, não come, só chora, não pensa. Dividi a cela com 16 mulheres e só tinha lugar para oito. Colchão tinha uns quatro. Vai se virando uma dorme a outra fica acordada e vai revezando", descreveu.
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'Queria me esconder do mundo'
Visivelmente emocionada, ela definiu os dias detida como os mais difíceis de sua vida e disse ter carregado uma acusação que afirma não ser sua.
“Não desejo isso nem para o meu pior inimigo. Você ali levando a culpa de outra pessoa. Sua família sofre e o mundo inteiro falando de você. Falando o que quiser. Quando eu saí me deu muita depressão, síndrome do pânico. Queria me esconder do mundo. Eu construí uma imagem durante dez anos. E é difícil construir uma imagem. Para uma coisa acontecer e destruir tudo; sua imagem, sua liberdade, liberdade emocional e financeira. Acabar com tudo”.
Ao final, ela comentou as condições da alimentação no presídio, que classificou como indignas. "Comida estragada, fruta podre. É péssima a comida. Eles até tem cuidado para fazer, mas até a comida chegar, às vezes tem trânsito. Chegava muita comida estragada. Às vezes tem calor também. Toda misturada. Passar Natal comendo ovo podre", contou.