Em áudio, filho de Gal Costa e viúva contestam direito de herança da cantora

Um áudio gravado durante uma conversa entre Wilma Petrillo, viúva de Gal Costa, e Gabriel Costa, filho adotivo da cantora, mostra um embate entre os dois sobre o pagamento de dívida da família. A gravação foi divulgada pelo portal Em Off.

No áudio, Wilma tenta convencer Gabriel a assinar um documento de reconhecimento de uma dívida da família à gravadora Biscoito Fino, que teria emprestado dinheiro para Gal. Com a resposta negativa do rapaz, a empresária afirma que possuía direito a 75% da herança da cantora, mas achou justo dar 50% para Gabriel.

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“Você não acredita no que estou falando? (…) Qual o problema? (…) Era 75 para mim e 25 para você, só que não achei justo e dei 50 para você e 50 para mim (…) que sacanagem. P**** Gabriel, p*** que pariu, não vai assinar por quê? (…) P*** m****, só vai fazer m**** você”, declarou em uma parte da gravação.

Em seguida, Wilma afirma que se ele não assinar, os dois vão passar fome. “Se você não assinar, a gente não recebe o dinheiro e a gente vai passar fome, você não pode fazer isso comigo não, Gabriel”, disse.

Embate na Justiça

Gabriel Costa acionou a Justiça para reivindicar os direitos da herança deixada pela mãe. O jovem de 18 anos contesta a fração do patrimônio que ficou para a viúva da artista, Wilma Petrillo.

Em setembro de 2023, Petrillo foi definida como inventariante dos bens da artista, que faleceu em novembro de 2022. Ela pediu na Justiça que seu relacionamento de 24 anos com a cantora da MPB fosse reconhecido como união estável. Caso confirmado, ela terá direito a 50% do patrimônio.

Em janeiro, Gabriel contratou advogadas para confrontar a decisão primária da Justiça, segundo informação divulgada pela colunista Mônica Bergamo. A ideia do jovem é contestar o fato de que Gal e Petrillo tenham sido um casal. O argumento é que a viúva foi apenas empresária da cantora e madrinha dele, além de indicar que o relacionamento amoroso das duas aconteceu há muitos anos.

A defesa do jovem ainda apontou que ele se sentia “encurralado” pela empresária, já que moravam na mesma casa e ele não tinha acesso a recursos financeiros. Em uma petição, ele afirmou ter sido vítima de uma coação “física e psicológica” por parte de Petrillo.

No documento, ele também relatou que, enquanto era menor de idade, a empresária teria dado medicamentos controlados, que o abalaram ainda mais emocionalmente.