Confira dicas para organizar o Natal gastando pouco

Com as últimas semanas de dezembro se aproximando, a discussão familiar para decidir quem irá recepcionar a confraternização de Natal é iniciada. Se será na casa dos pais, dos avós ou dos tios, isso muda de pessoa para pessoa. Mas uma coisa todos sabem: a família espera um ambiente festivo e natalino.

Muitas vezes, esse é o motivo que faz algum parente se recusar a receber os demais familiares na própria residência. As razões são diversas, desde o trabalho para organizar o evento até os gastos que precisam ser feitos com decoração e comida.

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Afinal, quando se pensa em uma festa natalina, já vêm em mente as grandes casas de filmes estadunidenses, decoradas com pisca-piscas, altas árvores de Natal e dezenas de itens menores espalhados por cada cômodo. E isso, claro, levaria a um gasto elevado.

Mas, calma, não é preciso se basear em filmes clássicos de fim de ano para entrar no espírito natalino. Com pouco dinheiro, já é possível comemorar o Natal em grande estilo e criar boas lembranças em família.

A organizer e colunista do Diário do Nordeste Ana Karenyna traz, a seguir, algumas dicas de como elaborar um bom Natal sem exagerar nos gastos. Confira!

Como organizar uma confraternização natalina?

Já pensou em como aquele parente se organiza para receber a família em casa na véspera de Natal? Com o que ele precisa se preocupar antes de recepcioná-los? Para Ana, em qualquer organização de evento, o primeiro passo é sempre um checklist.

A ocasião acontecerá pelo dia ou à noite? No caso do Natal, ambas as opções são válidas, a depender se a família tem a tradição de celebrar com uma ceia na véspera ou um almoço no dia 25 de dezembro.

Com isso decidido, o anfitrião pode passar a definir o modelo de menu do evento: petiscos, café, almoço ou jantar.

Claro que gosto é uma variável, mas a colunista costuma recomendar o chamado “grazing food”, que pode ser traduzido como “comida de pastoreio”. Em resumo, esse modelo consiste em ofertar frios e quitutes para os convidados.

“São pequenas porções na mesa que acabamos em poucas mordidas, [...] dá para colocar tábua de queijos, pães, docinhos e mais nesse estilo”, explica a organizer. A opção é informal e pode dispensar, inclusive, a presença de talheres.

Já para a disposição de lugares, ela também pensa no conforto. Em celebrações como o Natal, podem-se espalhar pufes ou cadeiras pela residência para receber os convidados.

Comidas natalinas

Além dos clássicos quitutes, as tradicionais comidas natalinas são indispensáveis para uma confraternização. Um dos mais clássicos é o panetone, que surge todos os anos com o tradicional sabor de frutas cristalizadas, bem como suas tendências com chocolate e até mesmo pistache.

Seja o peru assado para a ceia, a clássica rabanada, o famoso pavê ou o arroz com as polêmicas uvas-passas, Ana explica que essa é uma época de apostar nas “comfort food” - as comidas que contém memória afetiva.

E a decoração de Natal?

Seja para recepcionar outras pessoas durante o feriado ou apenas para entrar no espírito natalino, a clássica decoração de Natal é indispensável no interior das casas.

A colunista reforça que o acervo dessas peças é construído ao longo dos anos, como uma espécie de coleção. Assim, a primeira vez comprando decoração natalina será, sem dúvidas, a de maior investimento financeiro.

Além do valor gasto com a árvore de Natal, Ana recomenda que esse primeiro ano seja focado em comprar bolas decorativas e pisca-piscas e, apenas depois, invista-se em demais itens.

“Tem o ano de investir na árvore, que eu recomendo que, se for optar pela de tamanho grande que fica no chão, já invista em uma bem cheia e com muitos galhos. Isso nos faz economizar em preencher com muitos enfeites, pois a própria beleza do pinheiro artificial bem cheio preenche a sala”

Caso o orçamento não dê para uma árvore grande, ela pode ser substituída por um mini pinheiro de mesa, que pode ser posicionado em várias superfícies da casa e já trazem um charme natalino.

Nos anos seguintes, mais itens podem ser comprados, como guirlandas para portas e armários, laços para puxadores e vasos de vidro com bolas decorativas. Aos poucos, será formada uma coleção de adornos na residência, transformando o gasto inicial em um verdadeiro investimento.

Ela relembra, também, que “é importante escolher uma paleta de cores já tradicional, como dourado, verde e vermelho, para que tudo comprado em anos diferentes combine entre si”.

Decoração artesanal

Outra opção para inovar na decoração natalina é apostar em peças artesanais, que podem, inclusive, ter um baixo gasto. Para quem tem bolas decorativas metalizadas, Ana Karenyna sugere cobri-las com tecido de veludo para trazer ainda mais elegância.

Comprar tecido xadrez para utilizar como manta de sofá ou imprimir e recortar fotos de memórias afetivas para decorar a árvore são apenas algumas das possibilidades de trazer o charme natalino sem muito custo.

Para quem gosta de experimentar novas práticas, Ana explica que é possível, também, usar papel kraft para trançar um cesto, que pode ser feito de enfeite na base da árvore.

E, claro, a Internet proporciona os mais variados tutoriais para aprender a se aventurar no mundo do artesanato. Hoje, qualquer pessoa consegue inspiração e dicas para fazer ótimos adornos natalinos.

Tendência natalina de 2025

Assim como a Cor do Ano da Pantone, a tendência natalina pode mudar ao longo dos anos, especialmente com as constantes transformações no universo decorativo.

Segundo a organizer, 2025 tem duas tendências para o Natal: maxi laços e maxi bolas. Os dois itens estão sendo usados em seu máximo, contendo, por exemplo, laços em “todos os cantos”, com os de maior proporção, inclusive, no topo da árvore.

De maneira parecida, “as maxi bolas seguem tendência desde o ano passado, decorando a própria árvore e preenchendo espaços com muita elegância”, explica a colunista. Esses itens também são usados nos pés das árvores de Natal.

Já para as cores, Ana afirma que as clássicas - vermelho, verde e dourado - estão sempre em alta, “inclusive na padronagem xadrez em mantas, laços e almofadas”.

*Estagiária sob supervisão da jornalista Mariana Lazari.