Atriz Lizette Negreiros morre aos 81 anos em São Paulo
Atriz foi reconhecida como referência negra brasileira
Lizette Negreiros morreu aos 81 anos nessa quarta-feira (16), em São Paulo. A informação foi divulgada pelo Centro Cultural São Paulo (CCSP), do qual era curadora. A causa da morte não foi revelada.
A CCSP complementou agradecendo pelas três décadas em que a artista se dedicou ao trabalho. "O Centro Cultural São Paulo agradece por sua dedicação incondicional ao longo dos últimos 30 anos, ajudando na construção do Teatro, da arte negra e da cultura brasileira".
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O velório da atriz acontece ainda nesta quinta-feira (17/11), na Sala Jardel Filho, no CCSP, e será aberto ao público, das 10h às 14h. O enterro será em Santos, cidade natal de Lizette.
LEGADO
Televisão
Na televisão, passou pelas mais importantes emissoras do país como:
- TV Tupi (1950-1980), onde esteve na novela Como Salvar Meu Casamento (1979), Papai Coração (1976), e Canção para Isabel (1979);
- Rede Globo atuou em Moinhos de Vento (1983);
- TV Record trabalhou em Alma de Pedra (1998);
- Band esteve no maior sucesso do canal: Os Imigrantes (1981).
Teatro
No teatro ela foi reconhecida como referência negra brasileira, passando a ser uma presença constante a partir dos anos 1980, atuando em espetáculos infantis e adultos, entre eles:
- “O Rapto das Cebolinhas”;
- “Missa Leiga”;
- “Viva o Cordão Encarnado”;
- “Noel Rosa, O Poeta da Vila e Seus Amores”;
- "O Santo Milagroso”;
- “A Centopéia e o Cavaleiro”.
Além das atuações, os espetáculos de sua curadoria no CCSP receberam os prêmios Unicef e governador do estado para a cultura de 2018.
Cinema
Participou de filmes como:
- “Eles Não Usam Black-Tie” (1981), onde foi dirigida por Leon Hirszman;
- “O Baiano Fantasma” (1984), sendo dirigida por Denoy de Oliveira;
- “A hora da Estrela” (1985), com direção de Suzana Amaral.