Covid-19: vacina de Oxford é a 1ª a ter estudo da fase 3 de testes publicado em revista científica

Os resultados preliminares já tinham sido anunciados em novembro quando o imunizante apresentou eficácia de até 90%

Escrito por Redação , redacao@svm.com.br
Legenda: Em outubro, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que 30 milhões de doses da vacina devem estar disponíveis no país a partir de janeiro
Foto: AFP

A vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em uma parceria firmada com a farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca tornou-se, nesta terça-feira (8), a primeira a ter resultados preliminares de fase 3 de testes divulgados por uma revista científica. Os dados foram publicados na "The Lancet", uma das mais importantes do mundo.

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Os resultados preliminares (pois os testes não acabaram) já tinham sido anunciados em novembro: o imunizante contra o Sars-Cov-2 apresentou eficácia de até 90%, de acordo com o laboratório, com base em resultados preliminares de testes de fase 3. As informações são do G1.

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A publicação dos resultados preliminares na "The Lancet" ou em uma outra revista científica significa que os dados dos testes foram revisados por outros cientistas e validados. Entretanto, não quer dizer que a vacina da Universidade de Oxford será aplicada imediatamente na população em geral.

Para que isso ocorra, o imunizante precisa ser aprovado pelos órgãos reguladores vinculados à Saúde. No Brasil, é a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa); e no Reino Unido, é a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA, na tradução em inglês).

Vacina no Brasil

Os voluntários brasileiros começaram a receber a vacina em julho. Em agosto, o Governo Federal assinou um acordo com Oxford e a AstraZeneca para a compra de lotes e transferência de tecnologia ao país.

Fundação Oswaldo Cruz será responsável pela produção do imunizante no Brasil. Em outubro, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que 30 milhões de doses da vacina devem estar disponíveis no país a partir de janeiro.

Pelo cronograma do Ministério da Saúde, a perspectiva é iniciar a fabricação industrial de 100 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca-Fiocruz em janeiro de 2021, com aceleração em abril, a partir da produção própria do ingrediente fármaco ativo (IFA). 

A vacinação da população depende da provação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A agência começou em outubro a análise do processo de registro da candidata. Caso os resultados de segurança e eficácia sejam positivos em todas as fases de testes, a ideia é que, com a análise já adiantada, se agilize o processo de registro da vacina. 

No Ceará, o secretário da Saúde, Carlos Roberto Martins, projetou que a vacinação contra a Covid-19 deve começar até julho de 2021, utilizando o imunizante produzido por Oxford. 

O governador Camilo Santana (PT) reforçou que fará "todos os esforços possíveis" para que o Ceará "receba a vacina o mais rápido possível".

"A informação do Ministério é da distribuição de 100 milhões de doses da AstraZeneca até junho, com início da vacinação a partir de 3 de março; e mais 160 milhões no segundo semestre. Haveria também negociação de mais 112 milhões de doses de outros laboratórios. Além de buscar parceria com o Governo Federal, estamos tratando da aquisição também com o Governo de São Paulo, através do Instituto Butantan, além de contatos com outros laboratórios, para tentar antecipar esse processo aqui no Ceará", disse Camilo.

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