Número de casos e óbitos por Covid-19 tem a maior queda do ano, mostra Fiocruz
O País registra 12 semanas consecutivas de redução nos óbitos causados pela doença
A Fiocruz constatou que o número de casos e de mortes por Covid-19 no Brasil sofreu a maior queda desde o início de 2021. O recuo foi de 3,8% ao dia na última Semana Epidemiológica (entre 5 a 11 de setembro). O País registra agora 12 semanas consecutivas de redução nos óbitos.
Os dados constam da nova edição do Boletim do Observatório Covid-19, divulgado pela Fiocruz nesta sexta-feira (17).
A taxa de ocupação de leitos de UTI Covid para adultos está no melhor cenário desde que começou o monitoramento desse indicador. Apenas uma capital tem taxa superior a 80%: o Rio de Janeiro (82%). E duas estão na zona de alerta intermediária: Boa Vista (76%) e Curitiba (64%).
O relatório também mostra tendência de recuo no total de casos de Covid-19. Houve, em média, 15,9 mil infecções e 460 óbitos diários de 5 a 11 de setembro, com oscilações ao longo das últimas 12 Semanas Epidemiológicas. Esses níveis ainda são considerados altos.
"Este novo quadro epidemiológico indica a efetividade da campanha de vacinação, que já vem cumprindo um dos seus objetivos: a redução dos casos mais graves de Covid-19, que necessitem internação ou que gerem óbitos", afirma o texto.
"No entanto, diversos casos, mais leves ou assintomáticos, podem estar ocorrendo sem a necessária notificação e investigação epidemiológicas."
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Síndromes associadas à Covid
A análise das Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) - quadro que cresce junto com a Covid - feita pelo InfoGripe/Fiocruz indica tendência de melhora no País.
Mas o relatório chama atenção para a avaliação de média móvel das últimas semanas: ela mostra que Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Goiás e o Distrito Federal ainda apresentam taxas acima de cinco casos por 100 mil habitantes. O número é considerado muito alto.
Alerta para idosos
O Boletim afirma ainda que redução dos casos e óbitos parece ser sustentada. Ressalta, porém, que com a disseminação mais homogênea da vacinação, os casos graves e fatais tendem a crescer entre os idosos.
Segundo o relatório, desde que começou a vacinação entre adultos jovens, esta é a primeira vez em que as medianas de três indicadores relevantes (idade dos pacientes em internações gerais, internações em UTI e óbitos) ficou acima dos 60 anos. Mediana é um número que divide uma série de valores em duas metades iguais.
"Isto significa que mais da metade de casos graves e fatais ocorrem entre idosos", diz o texto.
"A proporção de casos internados entre idosos, que já esteve em 27% na SE 23 (6 a 12 de junho), hoje se encontra em 54,4%. Para os óbitos, que encontrou na mesma semana 23 a menor contribuição de idosos (44,6%), hoje está em 74,2%."