Teatro Carlos Câmara deve reabrir em outubro com renovação para cena artística e Centro de Fortaleza

Fechado desde a pandemia, equipamento passa por requalificação física com investimento de R$ 919 mil e ganha nova gestão

Escrito por
João Gabriel Tréz joao.gabriel@svm.com.br
(Atualizado às 09:39)
Teatro Carlos Câmara tem previsão de reabertura para o mês de outubro de 2025, quando completará 51 anos desde a abertura
Legenda: Teatro Carlos Câmara tem previsão de reabertura para o mês de outubro de 2025, quando completará 51 anos desde a abertura
Foto: Fabiane de Paula / SVM

Mais de cinco anos após fechar as portas por conta da pandemia e de uma série de problemas estruturais, o Teatro Carlos Câmara (TCC) está perto de reabrir ao público. O equipamento do Governo do Ceará deve ser reinaugurado, conforme a Secretaria da Cultura do Estado informa ao Verso, no último trimestre de 2025. No começo de julho, a Secult já havia anunciado a pesquisadora e artista Vanéssia Gomes como nova gestora.

Conforme apuração da reportagem, o mês preferível é outubro, quando o teatro completa 51 anos. Inaugurado em 5 de outubro de 1974 como Teatro da Emcetur — por conta da proximidade com o Centro de Turismo do Ceará —, o equipamento cultural fica no coração do Centro de Fortaleza, ao número 454 da rua Senador Pompeu.

O TCC fechou ao público em março de 2020 inicialmente por conta da pandemia. Mesmo após as reaberturas graduais pós-covid-19, ele seguiu de portas fechadas, como explica a Secult, por “problemas estruturais”

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Recuperação física, nova gestão e pensamento renovado

Foi somente em setembro de 2023 que as obras de recuperação do Carlos Câmara foram iniciadas. A previsão inicial era de conclusão em até 90 dias, mas “readaquações no cronograma” foram necessárias, diz a secretaria. 

Conforme a pasta, o investimento total do Governo para a recuperação física do teatro é de R$ 919 mil e os trabalhos de requalificação estão ainda em andamento. 

“Neste momento, as equipes atuam em intervenções no palco, plateia, construção de camarins, salas administrativas e fachadas internas”, elenca a Secult, que também cita “melhorias nos sistemas elétricos, de climatização e da requalificação do sistema de combate a incêndio”.

Além das novidades físicas, há também as de gestão e de pensamento. Agora, o TCC será ligado à organização social Instituto Dragão do Mar e será gerido por ela em parceria com a Secult — no mesmo modelo de gestão de equipamentos como o Cineteatro São Luiz e o Theatro José de Alencar, por exemplo.

O contrato de gestão, destrincha a Secult ao Verso, terá vigência de 24 meses e valor total de R$ 7.233.607,12

R$ 2.445.010,96
é o valor previsto para 2025 pelo contrato de gestão do TCC com o IDM

R$ 4.788.596,16
é o valor previsto para 2026 pelo contrato de gestão do TCC com o IDM

“O contrato assegura a destinação de orçamento específico para o equipamento, incluindo recursos voltados à programação artística, formação, bolsas, mediação cultural, manutenção e formação de equipe”, elenca a pasta.

O modelo, defende a Secult, “permite qualificar e ampliar a atuação do Teatro como espaço público dinâmico”. A promessa da pasta, em resumo, é a de “um teatro renovado e com um novo projeto de gestão que articula criação artística, formação, cidadania cultural e diálogo com os territórios”.

Histórico de portas fechadas 

Apesar da história de mais de 50 anos, o TCC teve um percurso marcado por descontinuidades, ainda que também por ausência de registros históricos precisos. É possível, porém, traçar os passos mais recentes do equipamento. 

Segundo a matéria "Reforma do teatro sem previsão de término", publicada em 14/7/2011 no Diário do Nordeste, o Teatro Carlos Câmara foi fechado cerca de 20 anos depois da inauguração, ou seja, em 1994. 

Registro de julho de 1999 mostra a área externa do Teatro Carlos Câmara na época
Legenda: Registro de julho de 1999 mostra a área externa do Teatro Carlos Câmara na época
Foto: André Lima / SVM

O material informa também que o local, à época ainda ligado à secretaria de Turismo, estava em obras desde 2010, mas não havia data de conclusão definida. Já em 27/11/2011, o DN, na matéria "Assim renasce um teatro", mostrou que a previsão dos trabalhos àquela altura era março de 2012

Em 5/9/2012, o jornal reportou que as obras haviam sido concluídas apenas em julho daquele ano. Já em 16/12/2012, o cenário era de indefinição

teatro carlos câmara - matéria diário do nordeste 16.12.2012
Legenda: "Reinaugurado em setembro passado, o Teatro Carlos Câmara segue com palco e cadeiras vazias", ressalta matéria do DN publicada em 16/12/2012
Foto: Pesquisa SVM

No período, a prometida transferência de gestão da Setur à Secult ainda não havia sido efetivada. Isso só ocorreu de fato em 2013, como contextualiza o ator, diretor, produtor e gestor cultural Fernando Piancó, que assumiu a direção do teatro a partir dali até maio de 2025. 

“O teatro era tão somente a estrutura física, o prédio; não havia equipamentos de iluminação, som, vestimenta cênica e nem uma equipe. Quando a Secult recebeu o TCC foram feitas algumas apresentações pontuais para dar início às suas atividades”, recupera.

Entre elas, shows musicais, apresentações infantis e ensaios de grupos sinfônicos, mas tudo de maneira esporádica. A reabertura de fato das portas do teatro à Cidade e à classe artística só ocorreu em março de 2014, a partir de um modelo de ocupação que marcou a história recente do equipamento.

“No início lidamos com questões, verdadeiros desafios, como: ausência de equipe técnica e de profissionais de outras áreas, falta de infraestrutura de luz, som e cenotecnia, estrutura dependente de internet, falta de autonomia orçamentária, manutenção predial precária e com interrupções. Aos poucos esses desafios foram sendo sanados pela Secult e permitiu ao teatro ter um funcionamento mais perene”
Fernando Piancó
ator, diretor, produtor e ex- gestor do TCC

Ocupações artísticas marcaram a história recente do Teatro Carlos Câmara

A partir de uma chamada pública para coletivos e grupos de teatro de todo o Estado, a secretaria apostou em ocupações artísticas do TCC, com os selecionados gerindo da curadoria da programação aos cachês.

“Os grupos recebiam recursos da Secult para realizar uma programação com pagamento de cachês, aluguel de equipamentos de som e luz, assessoria de imprensa, produção, entre outros”, explica Piancó.

Pavilhão da Magnólia em apresentação em fevereiro de 2020 no Teatro Carlos Câmara; grupo foi o 1º a promover ocupação artística no equipamento, em 2014
Legenda: Pavilhão da Magnólia em apresentação em fevereiro de 2020 no Teatro Carlos Câmara; grupo foi o 1º a promover ocupação artística no equipamento, em 2014
Foto: Emrah Kartal / Divulgação

“Esse processo reuniu projetos e programas de qualidade, na área das artes e da cultura, de coletivos e instituições culturais do nosso estado”, afirma. A estreia da experiência se deu com o Pavilhão da Magnólia, entre 2014 e 2015. 

“Foi muito importante. Era também a primeira experiência do próprio teatro, então a gente pôde pensar programas. Foi um modelo de ocupação que a gente ficou pensando em como esse teatro pode ser integrado à Cidade”, partilha Nelson Albuquerque, fundador do grupo.

Registro do espetáculo 'Ícaro', do Coletivo Garotos de Propaganda, apresentado no Teatro Carlos Câmara em janeiro de 2018
Legenda: Registro do espetáculo "Ícaro", do Coletivo Garotos de Propaganda, apresentado no Teatro Carlos Câmara em janeiro de 2018
Foto: Joyce Vidal e Nath Vilela / Divulgação

A escolha por uma gestão dessa forma, para ele, “propõe experimentar outras maneiras de pensar e ocupar aquele espaço”. “O próprio teatro pode ter várias caras, no sentido de entender que ele pode ser ocupado de muitas outras formas”, reforça.

A experimentação possibilitada pelo modelo também é ressaltada pelo ator e produtor Levy Mota, do Teatro Máquina. O grupo foi responsável pela ocupação do TCC entre 2016 e 2017. “Pudemos experimentar outro nível de gestão de um espaço cultural”, ecoa.

No total, o TCC teve cinco ocupações:

  • Pavilhão da Magnólia (2014/2015)
  • Teatro Novo & Ato Produções (2015/2016)
  • Teatro Máquina (2016/2017)
  • Projeto É O Gera (2017/2018)
  • Ocupação Tradição, do Cariri a Fortaleza (2019/2020)

Ocupação Tradição, do Cariri a Fortaleza foi a última experiência de ocupação do Teatro Carlos Câmara antes do fechamento, em 2020
Legenda: Ocupação Tradição, do Cariri a Fortaleza foi a última experiência de ocupação do Teatro Carlos Câmara antes do fechamento, em 2020
Foto: Felipe Abud / Divulgação

Apesar de reconhecer os potenciais do modelo, Levy ressalta o tempo reduzido de cada ocupação como um entrave no processo. 

“Nossa avaliação daquele modelo de gestão era de que poderia ser algo bem interessante para um teatro público e para a Cidade, mas o curto tempo de cada ocupação não permitia que as experiências se firmassem e que houvesse uma construção de público”, avalia.

Espetáculos teatrais eram apresentados também na área externa do Teatro Carlos Câmara; na imagem, registro de apresentação de 'Todo Camburão Tem um Pouco de Navio Negreiro', do Grupo Nóis de Teatro, em janeiro de 2017
Legenda: Espetáculos teatrais eram apresentados também na área externa do Teatro Carlos Câmara; na imagem, registro de apresentação de 'Todo Camburão Tem um Pouco de Navio Negreiro', do Grupo Nóis de Teatro, em janeiro de 2017
Foto: Reprodução / Instagram

O artista ainda aponta que “seria importantíssimo avaliar cada ocupação e elencar o que manter de cada experiência, o que incorporar a uma base sólida que seria apenas aperfeiçoada e acrescida de novas propostas numa nova ocupação, e não sempre um ‘começar do zero’”.

Na avaliação de Piancó, o programa de ocupações teve saldo positivo. “Foi uma experiência bacana, pois uniu o poder público e a sociedade civil organizada, por meio de coletivos e entidades culturais do estado do Ceará, realizando programações diversas e para um público plural”, aponta.

TCC recebeu Ocupação É O Gera, que reuniu diferentes coletivos da periferia de Fortaleza; na foto, registro de feira e discotecagem com DJ Tomé em fevereiro de 2018
Legenda: TCC recebeu Ocupação É O Gera, que reuniu diferentes coletivos da periferia de Fortaleza; na foto, registro de feira e discotecagem com DJ Tomé em fevereiro de 2018
Foto: Joyce Vidal / Divulgação

Segundo a Secult, a volta do Teatro Carlos Câmara “se dará a partir de um modelo que incorpora a experiência das ocupações anteriores, mas com estrutura ampliada”. 

“Estão previstas temporadas artísticas regulares, programas de fomento com bolsas para residências, produções e pesquisas, além de ações formativas e de mediação territorial”, aprofunda a pasta. “O foco está na continuidade, diversidade de linguagens, escuta ativa e articulação com artistas, grupos e coletivos”, segue.

A renovação conceitual do TCC, aponta a secretaria, ocorrerá “a partir de um processo de escuta com diferentes públicos” — incluindo não só artistas, técnicos e pesquisadores, mas a vizinhança comercial e social dele — “para garantir que o novo ciclo do Teatro reflita os desejos e necessidades de quem vive, cria e circula pelo espaço”.

Vizinhança atual do TCC têm de novos equipamentos culturais a novas demandas

Seja nos anos iniciais de funcionamento ou nos mais recentes, a vizinhança do Teatro Carlos Câmara tem sido elemento central para a atuação do equipamento. No começo, a proximidade da Emcetur era um aspecto relevante para a ocupação do TCC.

Já mais recentemente, na época das ocupações artísticas, pautas como mobilidade urbana, acessibilidade e insegurança despontaram como questões. 

teatro carlos câmara - fac-simile diário do nordeste 24.03.2015
Legenda: "Após seis meses ativo, o Teatro Carlos Câmara sofre com insegurança, problema também recorrente em outros espaços culturais da Cidade", mostra matéria do DN publicada em 24/3/2015
Foto: Pesquisa SVM

“O primeiro grande desafio, quando o teatro começou a funcionar, foi a sua localização. Na época, particularmente à noite, era uma área degradada, largada. Não havia a Estação das Artes, a praça Castro Carreira (Praça da Estação) era um precário terminal de ônibus”, contextualiza Piancó.

O ex-gestor ressalta que, com apoio de outras instâncias do poder público, questões como a segurança foram melhoradas.

“Tem a questão das paradas de ônibus, do Bicicletar, a segurança que precisa ter no entorno para que seja um teatro mais acessível no sentido das pessoas saberem que ele existe, irem para lá e se sentirem seguras”, acrescenta Nelson.

“Nossa ocupação tentou, primeiro, fazer um diagnóstico dos problemas de público do teatro”, dialoga Levy. “Resolvemos experimentar um direcionamento de perfil do teatro para o público dos trabalhadores do Centro, inspirados na experiência do CCBNB quando ocupava o prédio da Justiça Federal”, acrescenta.

Fechado desde 2020, o Teatro Carlos Câmara não 'acompanhou' a inauguração de diversos equipamentos culturais nas imediações, caso da Estação das Artes, aberta em 2022
Legenda: Fechado desde 2020, o Teatro Carlos Câmara não "acompanhou" a inauguração de diversos equipamentos culturais nas imediações, caso da Estação das Artes, aberta em 2022
Foto: Fabiane de Paula / SVM

Agora, o equipamento “retorna” ao Centro de Fortaleza com uma vizinhança renovada em equipamentos culturais. “A gente viu ali do lado surgir a Estação das Artes, a Pinacoteca. Por outro lado, não sentiu o mesmo interesse por esse equipamento (TCC) como se teve pelos outros”, reflete Nelson.

O fundador do Pavilhão da Magnólia reforça a demanda por “integração” do teatro não só à Estação e à Pinacoteca, mas aos outros equipamentos inaugurados a partir de 2022 naquele perímetro, como o Museu Ferroviário João Felipe e o Centro de Design.

“Aquele complexo todo tem que integrar o Carlos Câmara. Ele está, digamos, chegando agora novamente, então é muito importante que essa força que a Estação das Artes tem de alguma maneira consiga chegar (nele)”
Nelson Albuquerque
fundador e integrante do Pavilhão da Magnólia

O ex-gestor Fernando Piancó reforça a localização do TCC num “corredor cultural” — que inclui ainda a Fortaleza de Nossa Senhora de Assunção, o Passeio Público e a Emcetur — como elemento com “potencial de atração para moradores e turistas”.

Centro de Turismo do Ceará está na vizinhança do Teatro Carlos Câmara
Legenda: Centro de Turismo do Ceará está na vizinhança do Teatro Carlos Câmara
Foto: Saulo Roberto / SVM

O argumento é reforçado pelo discurso da Secult, que cita a promoção de “um intercâmbio enriquecedor entre arte, cultura, artesanato e patrimônio” como um dos pontos de atenção para o novo momento do TCC.

A pasta aponta que, junto do IDM, está em “diálogo permanente com a Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), responsável pela gestão dos artesãos permissionários que ocupam a galeria ao redor do Teatro Carlos Câmara”.

“A permanência desses artesãos no local é compreendida como estratégica para o fortalecimento da economia criativa, e a reabertura do Teatro, além de requalificar um importante equipamento cultural do Centro de Fortaleza, deve intensificar os fluxos de visitantes e turistas na região”
Secretaria da Cultura do Ceará

Além da relação com equipamentos culturais e históricos, as relações com as comunidades são citadas como formas de fortalecer o TCC neste novo momento.

“O novo ciclo do Teatro Carlos Câmara tem como prioridade consolidar vínculos territoriais e com a diversidade de públicos que circulam pelo centro de Fortaleza, incluindo comunidades como Moura Brasil e a população em situação de rua”, afirma a Secult.

“Um teatro como o Carlos Câmara, que está fincado no coração do Centro da Cidade, tem um papel público ainda mais relevante”, dialoga Levy. “É importantíssimo cuidar e manter um teatro em boas condições, assim como qualquer espaço público, mas é imprescindível que ele esteja aberto ao público”, sustenta.

Nome de nova gestora traz expectativas positivas da classe

Neste sentido, o ator e produtor do Teatro Máquina define a escolha de Vanéssia Gomes para a direção do TCC, anunciada no início de julho, como “acertadíssima”.

Mestre em Artes e especialista em Gestão e Políticas Culturais, a gestora já atuou como coordenadora de ação cultural no Theatro José de Alencar, além de também ser integrante do Grupo Teatro de Caretas, pesquisadora, atriz, formadora e produtora.

Vanéssia Gomes será gestora do Teatro Carlos Câmara neste momento de retomada do equipamento
Legenda: Vanéssia Gomes será gestora do Teatro Carlos Câmara neste momento de retomada do equipamento
Foto: Divulgação

“Além de ser altamente capacitada, com experiências importantes na gestão e com uma formação de excelência, a Vanéssia é do teatro de rua! Ela certamente terá um olhar para o entorno do teatro, para as possibilidades de relação com os trabalhadores, com os passantes do Centro, com a cidade, de forma sensível, atenta e corajosa”, avalia Levy.

Nelson faz coro: “Vanéssia é um excelente nome, ela conhece as demandas da categoria, ela é desse movimento”, afirma. O fundador do Pavilhão da Magnólia reforça, no entanto, a demanda por recursos que possibilitem que o Teatro Carlos Câmara possa estar fortalecido nesse retorno.

Fechado em 2020 por conta da pandemia, Teatro Carlos Câmara seguiu sem programação aberta ao público até 2025
Legenda: Fechado em 2020 por conta da pandemia, Teatro Carlos Câmara seguiu sem programação aberta ao público até 2025
Foto: Fabiane de Paula / SVM

"Acho também que ela vai fazer uma grande escuta com os grupos, com os artistas. Tomara que ela tenha uma boa equipe, tomara que ela tenha recursos para que aquilo aconteça. Não basta ter só boas ideias e apoio, precisa ter recurso, dinheiro para aquele teatro funcionar pelo menos de quinta a domingo”, ressalta. 

“O TCC tem tudo para deslanchar e ser utilizado ao máximo o equipamento e os seus espaços, contemplando diversas linguagens”, acredita Piancó. “Retoma-se, assim, a vocação do teatro como espaço de convergência de públicos e de fomento à difusão da Arte e da Cultura, no contexto de novos tempos para nossa cidade e nossa cena”, finaliza.

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