Câmara de Arte e Cultura da Uece é reativada após seis anos

Órgão responsável pela gestão de políticas culturais da Universidade Estadual do Ceará

Escrito por
João Gabriel Tréz joao.gabriel@svm.com.br
Vista da plateia de uma orquestra sinfônica apresentando-se em um auditório. No centro, um maestro de costas, vestido de preto, rege o grupo sobre um pequeno tablado. Os músicos, também vestidos de preto, estão organizados em semicírculo. O ambiente possui paredes de madeira clara e um telão branco vazio ao centro. Em primeiro plano, as cabeças dos espectadores sentados em poltronas azuis aparecem de costas, desfocadas.
Legenda: Câmara de Arte e Cultura da Uece foi criada oficialmente em 2013 com foco no fortalecimento das políticas culturais da instituição.
Foto: Ramó Alcântara / Divulgação.

A Câmara de Arte e Cultura (Artecult) da Universidade Estadual do Ceará (Uece), órgão voltado ao fortalecimento das políticas culturais da instituição, foi reativada na última segunda-feira (15) e retomará as atividades oficialmente a partir de 2026. Criada em 2013, a instância estava desativada desde 2019.

O anúncio oficial do retorno das ações da Artecult, realizado no Auditório Central do Campus Itaperi, contou com apresentação especial da Orquestra Sinfônica da Uece (Osuece), apresentação de dança do projeto SOMA e presença de autoridades da academia e da cultura.

“Catalisador” da cultura

“A Artecult tem como propósito central formular, acompanhar e apoiar a política institucional de arte e cultura da Uece, atuando na promoção das diversas expressões artísticas da universidade”, define o professor Pablo Manyé, atual presidente.

Entre os principais objetivos do órgão listados pelo professor estão o estabelecimento e o monitoramento de diretrizes de arte, cultura, livro e leitura na Universidade; o mapeamento e o estímulo a grupos artísticos e culturais; e representar a Uece junto a órgãos públicos e instituições.

“Esta instância colegiada não é apenas uma estrutura institucional, mas um verdadeiro espaço de diálogo e construção colaborativa, vinculada diretamente à reitoria e comprometida com a promoção das atividades culturais e artísticas em nossa instituição”, ressalta.

Conforme o professor, a atuação da Artecult terá “papel vital” não apenas no fortalecimento da “identidade acadêmica e cultural” da Uece, mas também na conexão da instituição com a comunidade

Homem de pele clara, com cabelos grisalhos e barba curta também grisalha, fala ao microfone em um púlpito. Ele usa óculos de armação escura, um paletó cinza-chumbo sobre uma camisa social listrada de rosa e branco, e exibe um pequeno broche azul na lapela. Ele segura o microfone com a mão direita e parece estar em meio a um discurso. Ao fundo, uma parede revestida com painéis de madeira clara em tons verticais. No canto inferior esquerdo, parte da cabeça de uma pessoa com cabelos escuros é visível.
Legenda: Professor Pablo Manyé, da Uece, será presidente da Artecult na retomada das ações do órgão.
Foto: Ramó Alcântara / Divulgação.

“A Câmara de Arte é Cultura é um catalisador de iniciativas que enriquecem a vida universitária, propiciando um espaço de reflexão, aprendizado e transformação social”, resume o presidente.

Construção da retomada

Membro da Artecult, diretora da Editora Uece (EdUece) e uma das fundadoras do órgão, a professora Cleudene Aragão explica que a reativação dele já vinha sendo buscada desde pelo menos 2018.

Na época, ocorreu um “primeiro movimento” do processo: a renovação do regimento da Câmara, oficializada pela Resolução nº 1453/2018 do Conselho Universitário da Uece. A concretização da intenção se deu, porém, a partir de 2024.

Foi quando, a pedido do Reitor Hidelbrando Soares e “capitaneados” pela pró-reitora de extensão Lana Nascimento, começaram os “esforços no processo de redesenho e recomposição da Câmara, justamente para celebrar os 50 anos da Uece com a reativação dessa instância tão importante para a Universidade”, afirma Cleudene.

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“Precisamos discutir, planejar e promover os artistas e atores de cultura da nossa universidade, dando oportunidades para que a sociedade cearense tenha acesso aos bens culturais”, defende.

A professora ressalta que a Uece já conta, por exemplo, com Orquestra e Banda Sinfônicas,  bem como mais grupos musicais e de outras linguagens, projetos de Iniciação Artística e coleções de livros publicadas pela EdUece e pela Secretaria da Cultura do Ceará (Secult).

Desde pelo menos março deste ano, a Uece vinha realizando diferentes chamadas públicas por meio da Pró-Reitoria de Extensão (PROEX) para selecionar representantes titulares e suplentes que iriam compor a Câmara.

Na atual composição, a Artecult é formada por 15 docentes, quatro servidores e dois estudantes

Histórico da Artecult

A Câmara de Arte e Cultura da Universidade Estadual do Ceará foi oficializada a partir da Resolução nº 1012/2013 do Conselho Universitário da Uece. A articulação se deu, no começo daquele ano, durante o mandato do Prof. Jackson Sampaio frente à Reitoria.

As necessidades motivadoras, lembra Cleudene Aragão — que foi presidente da Artecult nos anos iniciais do órgão — foram “mapear e fomentar” as ações artístico-culturais na instituição. 

“Reuniram-se artistas, pesquisadores e algumas lideranças responsáveis por equipamentos, projetos e cursos mais relacionados à arte e a cultura”, relembra, citando instâncias como a Pró-reitoria de Extensão, cursos de Letras e Música, a editora, a biblioteca e, também, alunos e servidores.

A Artecult, à época, funcionava no prédio da editora da Uece, contando com reuniões mensais e ações como a realização da Mostra Cultural na Semana Universitária da Uece, cadastramento de artistas e mapeamento de ações de arte e cultura nos diferentes campi.

Câmara de Arte e Cultura da Uece

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