Se chorei ou se sorri, o importante é que dancei
Competir na Dança dos Famosos sempre foi um desejo muito antigo. Foram quatro meses de muito trabalho, muito suor e 7kg a menos de tanto dançar, dançar e dançar.
No último domingo (7), cheguei ao Dança dos Famosos como um dos finalistas e saí campeão. Já havia participado de outros realities, como o Show dos Famosos, em 2018, onde fui vice-campeão, e The Masked Singer Brasil, onde meu personagem, o Bode, foi o vencedor. Em 2025, resolvi me arriscar em uma nova empreitada: a dança.
Competir na Dança dos Famosos sempre foi um desejo muito antigo. Foram quatro meses de muito trabalho, muito suor e 7kg a menos de tanto dançar, dançar e dançar. Me arrisco a dizer que talvez tenha sido o processo mais intenso e difícil da minha carreira até hoje, porque eu me vi desafiado todos os dias e, para além da questão técnica, era preciso cuidar da saúde mental e manter serenidade diante da pressão competitiva.
Se pensei em desistir? Várias vezes. Mas a adrenalina de se superar e a alegria de estar no palco no Domingão com Huck, dançando e fazendo arte sempre me instigava a seguir. Não era exatamente sobre notas altas, que é claro, sou muito grato por elas, mas era sobre conseguir entregar um trabalho de excelência.
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Tudo isso eu devo a uma pessoa que, gentilmente, me ensinou mais do que passos coreografados; me ensinou sobre paciência, sobre respeito ao meu próprio corpo, sobre entender o quanto ele é capaz. Ter a Thais Sousa, minha parceira, foi uma sorte gigantesca, uma benção. Com ela, eu me conectei, me identifiquei e nossas histórias e origens nos uniram ainda mais.
Ao lado da Thais, dancei piseiro, tango, salsa, lambada, funk, sertanejo e música contemporânea. Nossos corpos dançantes mostravam a nossa sinergia e representaram duas fortes regiões desse país que são marcadas pela fé, pela coragem, luta e alegria.
Na dança, unimos o Norte e o Nordeste. Com a Thais, senti de verdade que existem coisas que acontecem na hora certa e com a pessoa certa. Era pra ela ser meu par e eu o dela, na edição correta, como um alinhamento de astros.
A dança me atravessou muito forte ao longo dessa competição.
Eu não parei de dançar nas semanas que não participei do programa. Eu sempre dei um jeito de conciliar meus compromissos com a dança, me jogando em outros ritmos, dançando com diferentes professores e me deparando com uma série de histórias comoventes. Dancei em quase todos os cantos desse país, com aulas no Ceará, no Maranhão, no Rio de Janeiro, em São Paulo e até no Rio Grande do Sul.
Chegar até a final não foi por sorte, foi o resultado de muito estudo, de dores no corpo, de horas de sono perdidas, lágrimas e sorrisos, muitos sorrisos. Dançar mudou meu estado de espírito, me provocou estar mais vivo, mais vívido, presente e pulsante. A dança cuidou da minha saúde física e mental.
Vencer essa competição numa final ao lado de outras quatro figuras tão talentosas e dedicadas como Wanessa Camargo, Diogo Basílio, Manu Bahtidão e Heron Leal, foi uma experiência avassaladora e eu os parabenizo demais por tudo o que fizeram. Foi uma honra!
Da minha parte, entreguei tudo o que eu podia: meu corpo, minha técnica, minha dedicação e meu axé, num samba e valsa que marcaram o tempo e o contratempo da minha trajetória. Agora eu quero mais é que a dança me embale pela vida.
*Este texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor