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O que está pendente nas chapas de Capitão Wagner, Elmano e Roberto Cláudio ao Governo do Ceará

Prazo para definição de candidaturas encerra no dia 5 de agosto

Escrito por Luana Barros, Alessandra Castro ,
Candidatos ao Governo do Ceará
Legenda: Partidos finalizam indicações para as chapas que irão concorrer as disputas majoritárias
Foto: SVM

Com o prazo final para definição de candidaturas cada vez mais próximo, partidos correm para terminar a composição das chapas que irão concorrer aos cargos majoritários no Ceará – governador, vice e senador. A ocupação desses espaços é importante, inclusive, para a costura de alianças. 

As candidaturas que irão concorrer em outubro deste ano devem ser definidas nas convenções partidárias – que devem ser realizadas até o próximo dia 5 de agosto. 

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Nomes que irão disputar a sucessão de Izolda Cela (sem partido), Capitão Wagner (União), Elmano Freitas (PT) e Roberto Cláudio (PDT) devem se enfrentar pelo comando do Estado. 

Contudo, nenhum dos três possui ainda chapa fechada. Além da candidatura a vice-governador, também é necessário fechar quem irá concorrer ao Senado Federal e quem ocupará as suplências dessa vaga. 

Chapa ainda em aberto

Por enquanto, Capitão Wagner é quem está com mais espaços em aberto. O deputado ainda não definiu a indicação para vice e senador. 

A única definição, por enquanto, é de que a vaga de vice será ocupada pelo PL – partido do presidente Jair Bolsonaro e que anunciou apoio a Wagner na última semana. A expectativa é que o presidente do PL Ceará e prefeito do Eusébio indique um nome próximo a ele para a vaga. 

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Para o Senado, existem menos nomes sendo cotados. Dentro do arco de alianças de Wagner, o PTB apresentou pleito para ocupar vaga com o nome do Pastor Paixão.

Em entrevista ao colunista Wagner Mendes, na última quarta-feira (29), o presidente do partido, Euler Barbosa, disse "há uma condição muito clara" para o PTB continuar a apoiar a candidatura do deputado federal ao Governo do Ceará. "O PTB quer a indicação no nome do Senado", cobrou.

Sem vice, mas com senador

Anunciada no último domingo (24), a pré-candidatura de Elmano de Freitas ao Governo do Ceará possui o ex-governador Camilo Santana (PT) como candidato ao Senado Federal. Camilo, inclusive, deixou o cargo de governador, em abril deste ano, para concorrer ao novo posto – conforme determina a legislação eleitoral. 

Também é o ex-governador que tem estado à frente das articulações da coligação que irá apoiar a candidatura do PT na disputa estadual. Até o momento, além da legenda petista, estão na aliança o PP, o MDB, o PV e o PCdoB. 

Um dos partidos aliados deve indicar o nome do vice. É possível que a definição ocorra até a convenção, agendada para este sábado (30), mas antes é preciso dialogar com os aliados, explica Elmano Freitas. 

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"O nosso critério fundamental é que nós construamos (a chapa) de maneira dialogada com os partidos que vão compor nossa aliança. (...) É assim que estamos fazendo para a vice e estamos avançando", disse em entrevista à Verdinha, nesta sexta

Ele disse ainda que o mesmo diálogo deve ser usado para definir os suplentes de Camilo. 

Costura de alianças

Do lado do PDT, a chapa que irá concorrer ao Governo do Ceará está quase completa: Roberto Cláudio é o candidato a governador, enquanto Domingos Filho (PSD) estará na vice. Domingos, que já foi vice-governador durante o segundo mandato de Cid Gomes, lidera o PSD Ceará – uma das maiores forças do Estado com 29 prefeituras. 

Contudo, o rompimento com o PT fez com que a vaga do Senado na chapa do PDT ficasse vazia. Antes, a vaga seria ocupada pelo ex-governador Camilo Santana.

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Na convenção do PDT, no último domingo (24), o presidente da legenda, André Figueiredo, chegou a falar que a sigla ainda tinha "a esperança que o próprio Camilo reflita e veja que o caminho melhor é evitar essa separação". "Caso não aconteça, teremos opções", completou. 

No próprio domingo, Camilo lançou a pré-candidatura de Elmano Freitas ao Governo do Ceará, após reunião com o ex-presidente Lula. Alguns nomes do PDT já foram cotados, mas a possibilidade mais forte é de que a vaga seja indicação de alguma legenda aliada. 

Por enquanto, além do PSD, apenas o PSB confirmou aliança com o PDT em convenção. Contudo, o partido ainda tem esperança de atrair a federação formada por PSDB e Cidadania. Este último, inclusive, já demarcou apoio à candidatura de Roberto Cláudio. 

Também na convenção do PDT no domingo, Figueiredo citou conversas com as duas legendas, com quem afirmou ter "dialogado com muita vontade de estar conosco".

Indefinição no PSDB

O PSDB, por outro lado, ainda está sem posição definida. O único martelo batido, até esta sexta (29), é que não apoiará a candidatura da oposição. Tanto PT como PDT tentam trazer a legenda para a coligação, mas ainda sem sucesso. 

O presidente do PSDB Ceará, Chiquinho Feitosa havia dito que foi convidado por Camilo para a ocupar a primeira suplência da vaga para o Senado. Ele participou, no último dia 19 de julho, de reunião entre o ex-governador, dirigentes estaduais do PT e lideranças dos partidos que hoje integram a aliança em torno de Elmano. 

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Na ocasião, ele reforçou que esteve na reunião para ouvir, mas que "a palavra final do PSDB é do senador Tasso Jereissati". Apesar de ter participado de reuniões com os dois lados, o senador tucano ainda não definiu qual deve ser a posição da sigla.

Segundo a assessoria de imprensa de Tasso, as tratativas devem avançar neste final de semana e até o início da próxima semana devemos ter uma definição. 

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