O que aconteceu com os filhos de Ângela Diniz e Milton Villas Boas

Minissérie reacende interesse pela trajetória da socialite.

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 18:26)
Ângela Diniz foi assassinada por seu então namorado, Doca Street, nos anos 70. Imagem usada em matéria que fala sobre os filhos da vítima.
Legenda: Ângela Diniz foi assassinada por seu então namorado, Doca Street, nos anos 70
Foto: Reprodução/X

Com a estreia da minissérie “Ângela Diniz: Assassinada e Condenada” na HBO Max, o público voltou a revisitar o caso que marcou o Brasil nos anos 1970, e também a buscar respostas sobre o destino dos três filhos da socialite com o engenheiro Milton Villas Boas.

Embora a produção apresente apenas Mariana, essa escolha foi deliberada pela equipe criativa. “A história não era sobre os filhos dela, então a gente quis preservar a família e se ater a contar a história da Ângela, o que aconteceu com ela e o circo que foi formado em torno dela”, explicou o diretor Andrucha Waddington ao Estadão.

Ângela, nascida em Curvelo (MG), viveu um casamento de dez anos com Milton Villas Boas, com quem teve Milton, Cristina e Luiz Felipe. A separação ocorreu por meio do desquite, já que o divórcio ainda não era permitido no país.

Pelo acordo, a socialite abriu mão da guarda das crianças e só podia visitá-las sob supervisão, reflexo de uma época em que mulheres desquitadas enfrentavam forte estigma social.

A tragédia na Praia dos Ossos, em 1976, foi apenas o início de uma série de perdas que abalariam a família. Uma reportagem da Folha de S.Paulo, publicada em 2006, detalhou o destino dos filhos do casal.

“O filho caçula de Ângela, Luiz Felipe, morreu aos 21 anos em um acidente de carro. O mais velho, Milton Villas, sofreu um acidente de motocicleta em 1982. Teve traumatismo craniano e hoje locomove-se com dificuldade. O primeiro marido de Ângela, Milton Villas Boas, morreu em 1980, em um acidente de avião”, registrou o jornal.

Cristiana, a filha do meio, foi quem concedeu as informações à época. Na entrevista, ela criticou duramente o livro publicado por Doca Street, assassino de sua mãe. “Esse homem é um canalha. Ele está querendo ganhar dinheiro à custa da minha mãe. Meu Deus, quando é que ele se cansará de assassiná-la e a reputação dela? Para nós, a morte de mamãe foi avassaladora. Ela era uma mulher de vanguarda. Ela fazia o que bem entendia. Apesar de toda a dor que passamos, eu tenho o maior orgulho de ser filha de Ângela Diniz”, afirmou.

Cristiana tinha 12 anos quando perdeu a mãe; Milton, 13; e Luiz Felipe, apenas 10. Atualmente, os dois filhos sobreviventes de Ângela, Milton e Cristiana, vivem em Belo Horizonte. Raul Fernando do Amaral Street, o Doca, morreu em 18 de dezembro de 2020, aos 86 anos, vítima de um ataque cardíaco.