O caso do grupo de corrida em Fortaleza e os primeiros ecos do Mercúrio retrógrado em Leão
Mercúrio retrógrado em Leão começa nesta sexta-feira (18) e se estende até 11 de agosto, mas já vem sendo sentido desde o início da chamada “zona de sombra”
Um documento de 37 páginas circulou em Fortaleza nesta semana revelando algo que já não cabe mais ser varrido para debaixo do tapete: mensagens machistas, transfóbicas e gordofóbicas trocadas por integrantes de um grupo de corrida e triatlo da Cidade — incluindo atletas, médicos e o dono de uma assessoria esportiva.
Os prints mostram um cotidiano de zombarias, deboches e comentários que reduzem pessoas à aparência física ou à identidade de gênero, com o consentimento silencioso de quem assistia às conversas sem se posicionar.
Esse tipo de exposição pública, chocante e reveladora, parece marcar o início de um movimento maior no céu: Mercúrio retrógrado em Leão, que se estende de 18 de julho a 11 de agosto — mas que já vem sendo sentido desde o início da chamada “zona de sombra”, quando Mercúrio começou a passar pelos graus do signo que irá revisitar no seu movimento retrógrado.
O que é Mercúrio retrógrado — e por que já estamos sentindo?
Quando Mercúrio entra em sua zona de sombra, os temas que ele irá revisar durante sua retrogradação já começam a emergir. É como se o planeta estivesse apontando as conversas que precisam ser revistas, os discursos que exigem correção, as atitudes que precisam ser expostas. Leão é o signo da imagem, do ego, do brilho pessoal — mas também da liderança, da influência e da visibilidade pública.
Mercúrio retrógrado em Leão pede que revisemos:
- Como usamos nossa voz pública e privada;
- Como lidamos com o poder de influenciar os outros;
- Como nosso ego e nossas opiniões interferem no respeito às diferenças.
Esse trânsito não perdoa vaidades cegas. Ele desmascara. Ele ilumina o palco, não para exaltar, mas para confrontar.
Entre o ego e o coletivo: o que Bauman já dizia
Mercúrio retrógrado em Leão nos convida a revisar a forma como expressamos nossa individualidade, mas também a refletir sobre os excessos do ego, da vaidade e da necessidade de autoafirmação a qualquer custo. Em oposição a Aquário, signo do coletivo, dos grupos e das causas sociais, esse trânsito escancara os conflitos entre a imagem que queremos projetar e a responsabilidade que temos dentro de uma comunidade.
O caso recente do grupo de corrida, onde falas ofensivas foram vazadas, não é apenas sobre indivíduos que “exageraram nas palavras”, mas sobre uma cultura que normaliza a estética acima da ética.
Como apontou Zygmunt Bauman, vivemos em uma sociedade onde a aparência, o desempenho e o consumo moldam identidades, enquanto os compromissos éticos com o bem comum são deixados de lado. Em vez de vínculos sólidos, cultivam-se performances sociais. E quando Mercúrio retrógrado em Leão traz à tona essas feridas, ele nos confronta com a urgência de reequilibrar a balança entre o brilho pessoal e a responsabilidade coletiva.
Mercúrio retrógrado em Leão convida à revisão dos discursos que ferem — e à reparação possível. O que antes era dito nos bastidores agora ecoa no palco (Leão). O que era “brincadeira” revela o desprezo enraizado. O silêncio revela cumplicidade.
A astrologia não prevê escândalos, mas aponta os momentos em que somos convidados — como indivíduos (leão) e como sociedade (aquário) — a fazer um ajuste de rota.
*Julianna Formiga é astróloga, terapeuta de caminhos, professora e jornalista. Atende e ministra cursos, palestras e jogos de autoconhecimento para empresas e escolas. Mestre em Semiótica das Mídias e em Reiki, além de Terapeuta Holística, desenvolveu a Cartografia da Alma com objetivo de orientar os caminhos de quem busca alinhar o seu ser e fazer no mundo.