Marcão do Povo é inocentado em processo após chamar Ludmilla de 'macaca'
Cantora afirmou que vai recorrer da decisão
Após perder o processo por injúria racial movido contra o apresentador Marcão do Povo, Ludmilla afirmou que vai recorrer da decisão. Informações foram publicadas pela coluna Splash, do UOL.
Posicionamento de Ludmilla
Em nota enviada à coluna, a cantora se referiu à decisão judicial como "mais um dia difícil na vida de quem luta contra o preconceito.
"Surpreendentemente, mesmo após a utilização dos termos 'pobre' e 'macaca' contra mim, o Juízo da 3ª Vara Criminal de Brasília entendeu que não houve, por parte do apresentador Marcão do Povo, a intenção de ofender", comentou Ludmilla. "Pois eu digo: ofendeu, sim, e meus advogados estão preparando o recurso cabível. Como pode?", se indignou ela.
A decisão foi compartilhada pelo advogado de Marcão, Rannieri Lopes, no Instagram, nessa segunda-feira (27). "O juiz entendeu que não teve dolo, não teve vontade, houve apenas um comentário jornalístico, que é resguardado pela Constituição, e o Marcão do Povo foi absolvido deste crime", escreveu o advogado, acrescentando que o entendimento "abre para o Marcão a possibilidade de reparação e danos morais".
"Eu, quieta, na minha, do nada vem um racista me atacando em rede nacional. Não podemos descansar até que seja feita justiça. Não conheço este senhor e nunca troquei uma palavra com ele para receber qualquer insulto. Entendam de uma vez por todas: mesmo quando eu estou na cadeira de vítima, dão um jeito de me sentar na de vilã", continuou Ludmilla.
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Relembre o caso
Em janeiro de 2017, no programa "A Hora da Venenosa", da RecordTV, Marcão se referiu a Ludmilla usando o termo "macaca" durante um comentário sobre a cantora estar evitando fotos com fãs.
"É uma coisa que não dá para entender. Era pobre e macaca, pobre, mas pobre mesmo. Sempre falo, eu era pobre e macaco também", disse ele, tentando minimizar o insulto.
Por causa disso, Marcão, que apresentava o "Balanço Geral DF", foi demitido da emissora e processado não só por Ludmilla como, também, pelo Ministério Público, por injúria racial. Ele alega que usou "termo regional" e que não quis cometer racismo.