Bia Miranda, investigada por jogos de azar, teria movimentado R$ 4 milhões em transações suspeitas

Além da influenciadora, outros investigados na Operação Desfortuna teriam contribuído para uma movimentação de R$ 40 milhões

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 14:23)
Bia Miranda em selfie dentro de carro com corset vermelho
Legenda: Bia Miranda é investigada por participação em práticas ilegais envolvendo sites que promoviam Jogo do Tigrinho
Foto: reprodução/Instagram

Os investigados pela Operação Desfortuna, incluindo influenciadores digitais como Bia Miranda e Buarque, teriam movimentado cerca de R$ 40 milhões nos últimos dois anos. A quantia, segundo investigação da Polícia Civil, estaria relacionada a jogos de azar ilegais, como o Jogo do Tigrinho, por exemplo.

A operação foi deflagrada na quinta-feira (7), nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Estimativas apontam que todo o negócio girou em torno de R$ 4,5 bilhões, quantia encoberta por um esquema de suposta propaganda enganosa, estelionato e lavagem de dinheiro.

Bia Miranda, uma das influenciadoras citadas na investigação, teria movimentado sozinha cerca de R$ 4 milhões em um ano para movimentações suspeitas. 

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Os envolvidos, continua a investigação, divulgavam cassinos online sem auditoria de resultados e são acusados de não realizarem o controle de funcionamento, muitas vezes até não pagando os prêmios aos apostadores. Esse tipo de jogo, inclusive, é proibido no Brasil.

"É importante dizer que não são casas de apostas esportivas, as bets. A gente está falando de jogos de azar, cassinos online, que são proibidos. Esses influenciadores prometiam ganhos vultuosos para seus seguidores, mas essas plataformas não geravam esses retornos", apontou Renan Mello, titular da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD).

Mais alvos

Ao todo, 15 influenciadores viraram alvos da operação, além de algumas Fintechs. Nomes como Bia Miranda, Buarque, Maumau-ZK e Paola e Paulina de Ataíde foram citadas pela Polícia Civil. 

Além da questão da divulgação de jogos ilegais, a polícia ainda aponta que havia sinais de enriquecimento incompatível com a renda declarada. No caso de Maumau-ZK, por exemplo, ele teria movimentado R$ 9 milhões em um ano, mesmo valor identificado na conta de Nayara Silva Mendes, outra citada.

Segundo a operação, foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão. "Além da promoção de jogos ilegais, os investigados são suspeitos de integrar uma organização criminosa estruturada, com divisão de tarefas entre divulgadores, operadores financeiros e empresas de fachada", apontou uma nota da PCERJ.

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