Seis programas imperdíveis na Bienal do Livro do Ceará 2022
Evento inicia nesta sexta-feira (11) apostando na grande presença de nomes da terra e em iniciativas que celebram a diversidade
A partir desta sexta-feira (11), o Ceará se torna o epicentro da leitura e da literatura no Brasil. A Bienal Internacional do Livro do Estado segue até o dia 20 de novembro com robusta programação e a presença massiva de escritoras e escritores da terra. Com o tema “De toda gente para todo mundo”, acontece gratuitamente no Centro de Eventos do Ceará.
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São 152 estandes, 30 editoras diretas e mais de 400 indiretas, 22 livrarias e 90 mil títulos à disposição. Para te ajudar a aproveitar o evento da melhor forma, separamos seis atividades imperdíveis nesta que é a 14ª edição do projeto – a primeira após o cenário mais nebuloso da pandemia de Covid-19. Vamos lá?
Cordel para todos
Nunca é demais falar de cordel, né? Marcando presença na realização de todas as Bienais do Livro do Ceará, o gênero literário sempre se reinventa, ao mesmo tempo que conserva as origens que o consagrou. No evento deste ano, haverá novamente a Praça do Cordel, espaço onde acontecem venda de folhetos, recitação de versos e apresentações musicais.
Artistas como Julie Oliveira, Paola Tôrres, Klévisson Viana e Rouxinol do Rinaré marcarão presença junto a vários outros artesãos da palavra. Eles estarão à frente de lançamentos, aulas, rodas de poesia, conversas e diversos formatos de encontro. Pessoas de todos os lugares e idades estão convidadas a chegar junto e fazer bonito.
Livros e crianças
Uma das mais queridas pelos visitantes, a programação infantil é outra que merece lugar nessa lista. Tendo em vista o grande volume de pequenos no evento – tanto a passeio, com as famílias, quanto por meio da escola – a curadoria caprichou nas atividades voltadas para os pimpolhos, pais, educadores e todos os interessados na magia das letrinhas.
O eixo Literatura e Infância traz apresentação de espetáculos lúdicos, contação de histórias, oficinas e mediações de leituras. Vários nomes do teatro e da literatura se revezam ou se apresentam simultaneamente em diferentes espaços do Centro de Eventos para tornar tudo ainda mais intenso e colorido. Não dá pra perder.
Mergulhar nas ancestralidades
Cada vez mais em pauta, a ancestralidade e a oralidade são outras fortes bandeiras da Bienal do Livro deste ano e, por isso, merecem sua atenção. Trata-se de nossas raízes e memórias. Danças, oficinas, mesas redondas, leituras abertas, entre outras atividades, apresentam um país multifacetado em literaturas, costumes e tradições.
Daniel Munduruku, Auritha Tabajara, Márcia Kambeba e Cristino Wapichana são alguns dos nomes confirmados. Cada um deverá aproximar o público de reflexões apuradas a respeito dos povos originários e as formas milenares de fazer arte. Oportunidade singular para quem passar pelo evento.
A riqueza das publicações independentes
Longe das exigências do mercado convencional e, portanto, mais abertas à criatividade e ao trabalho com assinatura própria, as publicações independentes reservam aos visitantes experiências únicas com o livro. Nesta edição da Bienal, a Feira de Publicações Independentes é espaço obrigatório.
Produções de diferentes linguagens das Artes Visuais possibilitarão o acesso do público a fanzines, livros, revistas, quadrinhos e muito mais. O local estará aberto também para a venda de ilustração, pôsters, gravuras, camisetas, cadernos e toda uma fartura de itens. Além disso, o Festival de Ilustração do Ceará reforça esse contato com o independente. Não perde!
Jovens, periferias e vozes que pulsam
Outro segmento que merece sua atenção é o eixo Literatura, Juventude e Periferia. Um dos mais consagrados na última edição da Bienal, nesta vem repleto de ainda mais trabalhos e projetos visando destacar a atuação dos participantes nas mais diversas linguagens artísticas e formas de fazer literatura.
Saraus, rodas de conversa, disponibilidade de jogos de tabuleiro com monitores e mesas com narradores de RPG para todo o público são a tônica do eixo. A temática tangencia outras atividades no evento, a exemplo da mesa “Por uma política da memória”, com a presença da fundadora do Movimento Mães da Periferia.
Bienal adentro
Descentralizando as ações da Bienal do Centro de Eventos do Ceará, as atividades da Bienal Adentro também estão imperdíveis. O objetivo aqui é ocupar diferentes partes de Fortaleza e do Estado, acionando discussões e projetos que possam fomentar mais olhares sobre o fazer literário, cultural e social.
A escritora Maria Valéria Rezende e os moradores da Vila Vicentina, por exemplo, encabeçarão uma roda de conversa na Capela da Vila Vicentina. Em outro momento, no município de Quixeramobim, Geovani Martins, Fernanda da Escóssia e Bruno Paulino caminham e conversam sobre resistência e solidariedade na história da sociedade brasileira.
Venda de livros
Claro que ela não poderia faltar. A venda de livros na Bienal, um dos maiores atrativos para os visitantes, continuará de vento em popa. Oportunidade única de angariar títulos a preço mais acessível e diretamente com as casas de publicações editorial. O espaço de apresentação dos catálogos é também atrativo para a conversa e a troca de experiências leitoras.
Os 152 estandes e mais de 90 mil obras garantem novas formas de viajar pela leitura de forma descomplicada e com toda a pluralidade de publicações. Para todos os gostos, idades, gêneros e bolsos. Prepare as sacolas!
Serviço
XIV Bienal Internacional do Livro do Ceará
Até 20 de novembro, das 10h às 22h, no Centro de Eventos do Ceará (Av. Washington Soares, 999 - Edson Queiroz). Gratuito. Programação completa no site oficial do vento