Influencer Liliane Amorim morreu com infecção após perfuração no intestino, diz laudo
A jovem, moradora de Juazeiro do Norte, morreu após realizar uma lipoaspiração em janeiro
O laudo feito pela Perícia Forense (Pefoce) aponta que a morte da influenciadora digital Liliane Amorim, 26, aconteceu devido a uma infecção decorrente de perfuração no intestino. A informação é da advogada da família, Débora Araújo Alencar. Natural de Juazeiro do Norte, ela morreu no dia 24 de janeiro depois de realizar uma cirurgia de lipoaspiração. O laudo foi entregue à Polícia Civil nesta terça-feira (2).
Ao Diário do Nordeste, a assessoria jurídica e de comunicação do médico-cirurgião plástico Benjamin Alencar, que realizou o procedimento na digital influencer, informou que ainda está obtendo acesso aos autos e tomando conhecimento do conteúdo, motivo pelo qual não se manifestará neste momento.
De acordo com a advogada da família da influenciadora digital, a causa da morte foi uma "infecção generalizada decorrente de lesões puntiformes no intestino".
Ela acrescenta que o documento, com cerca de 20 páginas, é "bem fundamentado" e indica a existência de três perfurações no órgão. Uma ultrassonografia havia constatado duas perfurações, nos intestinos grosso e delgado, de acordo com a família.
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"Nós vamos acompanhar todo o trâmite do inquérito e, logo em seguida, com o relatório do delegado, o procedimento será encaminhado ao Ministério Público", afirma a advogada, acrescentando que a família entrará com uma ação de reparação de danos morais, pedindo indenização pelo ocorrido.
Expectativa
A advogada esteve na delegacia para acompanhar o recebimento do laudo e afirmou que a família segue acompanhando o trâmite do inquérito. "Com o relatório do delegado, o procedimento será encaminhado ao Ministério Público para ser dado andamento ao processo criminal", citou.
Segundo Débora Araújo Alencar, a expectativa é de que o médico-cirurgião plástico responsável pelo procedimento feito na influenciadora digital seja ouvido pela Polícia Civil "até o fim da semana".
Investigações
Conforme a Secretaria da Segurança Pública, com o laudo, os policiais civis da Delegacia Regional do Crato seguem com as investigações.
"Até o momento, 14 testemunhas já foram ouvidas e os depoimentos corroboram com as apurações da Polícia Civil. Outras testemunhas devem ser ouvidas até o final desta semana", diz nota da pasta.