Após 101 dias internada com Covid, estudante de enfermagem em Manaus auxilia campanha de vacinação

Danielle Crispim saiu do Amazonas para iniciar o tratamento contra a Covid-19 no Rio de Janeiro. Ela retornou ao seu Estado somente 101 dias depois

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(Atualizado às 14:38)
Esta é uma imagem de Danielle Crispim
Legenda: Após 101 dias internada com Covid-19, Danielle Crispim retorna ao Amazonas para ajudar na vacinação contra a doença
Foto: Reprodução

Durante o auge da segunda onda da Covid-19 em Manaus, vivenciada em janeiro deste ano, a estudante de enfermagem Danielle Crispim, de 43 anos, contraiu o vírus. Foram 101 dias internada. Hoje, após mais de três meses no hospital, é Danielle que ajuda na luta contra o coronavírus, auxiliando na campanha de vacinação na cidade. 

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Os primeiros sintomas começaram no dia 8 de janeiro. A irmã e a mãe de Danielle também foram diagnosticadas com a doença. A preocupação, na época, era o estado de saúde de sua mãe, Ana Moraes, por ser idosa e integrar o grupo de risco

Na época, Manaus vivia a crise de abastecimento de oxigênio, e as duas procuraram tratamento fora da capital amazonense, no Rio de Janeiro, onde foram internadas em hospitais diferentes no dia 17 de janeiro. 

A batalha contra a doença se estendeu até o dia 5 de maio, quando ela voltou para Manaus, após 101 dias internada, dos quais 45 dias foram em coma. Ela ficou 60 dias no Complexo Hospitalar de Niterói (CHN) e mais 41 dias na Clínica de Reabilitação Placi Cuidados Extensivos. 

Dias de luta

Já no segundo dia de internação, Danielle apresentava 90% dos pulmões comprometidos. Durante o período que permaneceu em coma, ela conta que chegou a delirar, mas que não lembra do que viveu enquanto estava desacordada. 

Os médicos tentaram acordá-la do coma diversas vezes. No início, ela reagia bem, mas logo em seguida apresentava uma piora em seu quadro clínico, segundo a irmã de Danielle, Karla Crispim, disse ao jornal A Crítica. 

Somente com a contratação de um médico assistente é que houve uma melhora significativa do estado de saúde de Danielle, quando ela conseguiu sair do coma. Depois da melhora, ela foi transferida para uma clínica especializada em reabilitação, onde contou com apoio de fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos, enfermeiros e assistentes sociais. 

Depois de mais de 100 dias de luta, a estudante de enfermagem da Universidade Federal do Amazonas voltou a faculdade. No último período do curso, agora é Danielle que ajuda as pessoas a vencerem o coronavírus. Ela está auxiliando na campanha de vacinação no Estado, momento que vem sendo sonhado desde o começo da pandemia. 

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