Quatro religiosos ligados a igrejas de Fortaleza podem ser canonizados; saiba quem são

Duas mulheres e dois homens com atuação na Arquidiocese de Fortaleza estão com processo de canonização aberto

Escrito por Redação , ceara@svm.com.br
Mulher rezando em igreja de Fortaleza
Legenda: Mais quatro personalidades ligadas à fé dos fortalezenses podem se tornar santas
Foto: Fabiane de Paula

Frei João Pedro de Sexto, Dom Antônio de Almeida Lustosa, Irmã Clemência de Oliveira e Irmã Rosita Paiva. Os 4 nomes ligados à Igreja Católica no Ceará tiveram processos de canonização abertos e podem, em breve, se tornar santos.

Os perfis e o andamento dessas candidaturas aos altares serão apresentados, na manhã da próxima sexta-feira (10), na Jornada Teológica da Faculdade Católica de Fortaleza, na Praia de Iracema.

O processo de canonização é extenso, exige investigação aprofundada das vidas e obras dos religiosos. Eles passam, ao longo da jornada à santidade, por quatro “títulos”: 

  1. Servo de Deus, quando a causa de canonização é iniciada;
  2. Venerável, quando acaba a investigação sobre vida e obra do religioso;
  3. Beato, quando há um milagre atribuído ao religioso ou ele morreu na condição de mártir;
  4. Santo, quando é comprovada a realização de um milagre do beato.

Os 4 religiosos ligados à Arquidiocese de Fortaleza são considerados, neste momento, “servos de Deus”. 

Conheça os homens e mulheres que podem se tornar santos:

Irmã Clemência de Oliveira

irmã clemência
Legenda: Ir. Clemência de Oliveira
Foto: Divulgação/Arquidiocese de Fortaleza

Única cearense da lista, Irmã Clemência – batizada como Francisca Benícia de Oliveira – nasceu em agosto de 1986 no município de Redenção, sendo a mais velha entre 13 irmãos.

“Benicinha”, como era chamada por familiares, tinha ligação forte com a religião desde a adolescência. O processo de canonização dela teve início em abril de 1995, com o então arcebispo de Fortaleza, Dom Aloísio Lorscheider. 

Em 10 de agosto de 2001, o processo foi encaminhado a Roma e ficou paralisado por 19 anos. Em 2020, então, foi criada uma Associação dos Devotos da Ir. Clemência (ADIC), que retomou o processo e que, hoje, é responsável pelo Memorial Irmã Clemência, escola de música e distribuição de sopa para famílias carentes.

Dom Antônio de Almeida Lustosa

Dom Lustosa
Legenda: Dom Lustosa
Foto: Divulgação/Arquidiocese de Fortaleza

Religioso que batiza, inclusive, um bairro da zona oeste de Fortaleza, Dom Lustosa teve o processo de canonização iniciado pela fama de santidade na capital cearense e em Belém do Pará. 

De acordo com a Arquidiocese de Fortaleza, “quando ele morreu as pessoas começaram a rezar, a pedir graças, e essas reações de pedidos fizeram com que as igrejas abrissem o processo”.

Irmã Rosita Paiva

Irmã Rosita
Legenda: Irmã Rosita
Foto: Divulgação/Arquidiocese de Fortaleza

Nascida em Lábrea, no Amazonas, em 1909, Rosita Paiva trabalhou junto a Dom Lustosa. Ambos fundaram, junto a Monsenhor Luís Carvalho de Rocha, em 4 de janeiro de 1933, o Instituto Josefino na Catedral de Fortaleza.

O Arcebispo de Fortaleza, Dom José Antônio, em Carta Circular 004/2021 de 18 de maio, comunicou a todos os arquidiocesanos que a Congregação para a Causa dos Santos, em Roma, autorizou o processo de beatificação e canonização de Ir. Rosita Paiva.

Frei João Pedro de Sexto

Frei João pedro
Legenda: Frei João Pedro
Foto: Divulgação/Arquidiocese de Fortaleza

Nascido em Milão, na Itália, o religioso se tornou frade capuchinho com o intuito de ser missionário. Segundo a Arquidiocese de Fortaleza, ele “enfrentou florestas, sertões, áreas pantanosas, viagens perigosas e enfadonhas” pelas missões.

Em Prata, no Pará, fundou a Congregação das Irmãs Missionárias Capuchinhas, com foco na educação da juventude feminina naquele estado. O conjunto de documentos para que o Papa o torne “venerável” já foi entregue às Comissões do Vaticano.

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