A atriz Cássia Kiss, 63, disse ontem (19), em entrevista coletiva de lançamento da série "Desalma", que estreia na Globoplay na próxima quinta (22), que está vivendo o luto da partida de sua mãe, Piedade Monteiro. Bastante emocionada ao lembrar da passagem, Cássia também se solidarizou com as mais de 150 mil pessoas que perderam a vida, no Brasil, desde o início da pandemia do coronavírus, em março passado.

Cássia não revelou a causa da morte da mãe, há menos de dois meses, mas deixou claro que não foi em decorrência da covid-19. Além de seguir atuando, após 41 anos de carreira, a intérprete da feiticeira Haia Lachovicz, em "Desalma", observou a integração entre sua verve de atuação e seu processo de autoconhecimento. 

"Gosto muito do budismo, do espiritismo, do cristianismo. Fiz a escolha de fazer um mergulho para compreender quem eu sou, isso tudo me acontece. E essa história (das paralisações provocadas pela pandemia) traz a força para você refletir sobre tudo isso. Nós tivemos que tirar o pé do acelerador nas nossas vidas e voltar pra casa", refletiu.

Impacto

Cássia lembrou que a estreia de "Desalma" foi adiada, ainda por conta das limitações da pandemia, e percebe como "tem mais gente que tá insistindo em ir pra rua e isso traz consequências". Com o impacto do confinamento, além do baque da partida da mãe, a atriz conta que vive "um aperto nas relações" e como reconheceu seus 6 filhos: 4 vivos e 2 que não nasceram por conta de abortos. 

"Estou em plena transformação, com o que estou estudando, lendo, vivendo. Com todo esse evento desse tamanho, o desaparecimento da pessoa que me deu a vida e pensando em todos os meus 6 filhos", observou.