Talvez você não conheça a Pabyle Flauzino, mas da Nutri Desconstruída quem é cearense assíduo nas redes sociais já pode ter ouvido falar. E é justamente para que o público a conheça mais que a moradora do Grande Bom Jardim estreia no Que Nem Tu.
A "nutri" mais desconstruída do Ceará é a 26º entrevistada do Que Nem Tu. No episódio, ela fala sobre como sua infância na periferia e sua experiência com comida regional influenciou na sua trajetória. Pabyle explica como surgiu a ideia de desconstruir conceitos dentro de sua profissão como incentivar debates sobre gordofobia, machismo e até o famoso — e infame — conceito de "comida de verdade".
Com 92,3 mil seguidores no Instagram, Pabyle se apresenta como a "nutri que espera que você mude o mundo, não o seu corpo". A doutoranda em Saúde Coletiva repassa para seus pacientes e para a internet justamente o que aprendeu ao crescer: não demonizar a comida e "não fechar a boca".
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Para Pabyle, a restrição alimentar ferrenha não é a solução e ela percebe que dentro da Nutrição e na sociedade esse debate já tem avançado, apesar de a gordofobia ainda ser latente.
"De uns tempos para cá esse assunto vem começando a ser debatido, mas ainda de forma muito embrionária. Assim como eu percebo na sociedade, a gente vem começando a olhar pra isso, pra essa necessidade de desconstruir um padrão imagético irreal. É preciso incorporar mais corpos diferentes e tirar a noção de que comida pode ou não pode. É um movimento contra-hegemônico", comenta.
A nutricionista ainda se debruça sobre o tema alimentos, e é categórica: "pão é que nem respeito! É bom e a gente gosta". Segundo Pabyle, o pão é o alimento mais injustiçado.
"Ai tem que tirar miolo, ai não pode, tem que ser um pão integral. Qual o problema? A gente tem que começar a entender o contexto, e não o alimento. Eu diria que o pão é o maior injustiçado, o coitado só tentou agradar nossa manhã e tá aí", diz.