Natália Nara sobre o BBB: "se pudesse voltar no tempo, não iria de novo"
Ex-bbb aguarda chegada de segundo filho. Participante da edição de 2005, ela conta que já sonhou ter voltado ao programa
Nome conhecido da TV, a ex-bbb cearense Natália Nara Prada, 38, aguarda a chegada do segundo filho para o mês de abril. Ela participou da edição de 2005 do Big Brother Brasil. Muita coisa mudou no reality e na vida dela nos últimos 16 anos. Hoje, ela é cantora, mãe da pequena Noemi Prada, de 3 anos, e deixou a vida agitada de Fortaleza, ainda em 2011, para viver no litoral paulista. Ao lembrar do reality show, a ex-participante afirma que não assiste ao programa e "se pudesse voltar no tempo não iria de novo".
"Estou vivendo um momento único. Estou vivendo o que pedi a Deus muitos anos que é ter uma família, além de ser mãe. Estou curtindo esse momento de maternidade", conta Natália Nara. Para guardar momentos únicos da gestação de Noah, a cearense realizou um ensaio fotográfico no último fim de semana — na Praia de Camburizinho, em São Sebastião, São Paulo.
Em dias de folga, a cearense conta que vem para Fortaleza. "Sinto muito falta da minha família. A minha família é aquela que fala alto. Sinto muito falta disso. Eu cresci a minha vida toda, até ir ao BBB, no bairro Monte Castelo".
Há oito anos, ela divide a rotina de casa e música com o trabalho comunitário destinado aos jovens. "Sirvo a Deus nas comunidades. Onde passo deixo meu testemunho", destaca.
Depois da participação no BBB, Natália Nara buscou aprofundamento nas artes. Ela estudou na Casa das Artes de Laranjeiras (Cal). "Lá, tive aula de canto, corpo, interpretação, improviso. Foi uma rotina intensa. Fizemos alguns musicais. Fui tomando gosto e entendendo como funcionava. Não tinha nenhuma ambição para música. Só que quando eu me converti, aceitei Jesus, entrei nessa universo e tive experiências com Deus, recebi profecias de pessoas que falaram 'Deus vai usar tua voz'. Desde então, sigo com a música".
A fita para o BBB entregue nos Correios
Foi na agência dos Correios, da Avenida Francisco Sá, que Natália Nara entregou a fita falando sobre o desejo de entrar no reality. O resultado daquele depoimento veio enquanto ela apresentava o Ceará Music, em 2004. A produção do programa entrou em contato com ela e pediu para ir ao Rio de Janeiro participar das seletivas, além de fazer uma série de exames.
"Eu tava trabalhando quando me ligaram. 'Você foi pré-selecionada'. Eu não acreditei. 'Vamos emitir uma passagem para você vir ao Rio', disse o contato. De lá, do Ceará Music, só troquei as roupas da mala, porque ficava de plantão durante o evento, e fui", conta.
Meses depois, em Fortaleza, ela recebeu outro contato. "Em dezembro de 2004, eles me ligaram que queriam vir com equipe e conhecer a família, dizendo ser uma seletiva. Eles ficaram três dias comigo em Fortaleza, fazendo video e tal. No último dia, eles falaram que eu estava no BBB. Eles me deram cinco minutos para arrumar minhas malas e ir".
"Já sonhei ter voltado para o BBB"
Natália Nara diz não acompanhar mais o programa na TV, mas afirma ser impossível fugir do programa por meio das redes sociais. "Quando saí do programa, assisti uns dois anos de edição. Depois não vi mesmo. Deletei da minha vida completamente. Mas, agora com Instagram, com essa movimentação de redes sociais que estou inserida, não tem como não saber o que está acontecendo. Em 10 minutos de rede social você sabe o que ocorre", revela a ex-BBB.
Até sonhar em um retorno para o programa, a cearense diz que já aconteceu. "Eu já sonhei voltar para lá. No sonho, eu pensava: 'Meu Deus, não acredito que estou aqui'. Foram momentos de aprendizagem". Apesar de gratidão pelas oportunidades, ela conta que não tentaria participar novamente. "Se pudesse voltar no tempo não iria de novo".
"Eu não ligo a TV para assistir, mas estou ligada nos acontecimentos atuais. Estou torcendo para todo mundo cair a ficha e sair daquele lugar. É muita exposição, gente. É uma competição desnecessária. Não sinto paz".
A cearense conta que os participantes do BBB 21, assim como a população brasileira, foram muito afetados psicologicamente pelos efeitos da pandemia do coronavírus. "Esse ano, as pessoas e o mundo estão muito sensíveis pela pandemia. Foi liberado sobre o mundo uma carga de estresse, depressão e medo. Eu sinto que as pessoas têm adquirido pânico de tudo o que vemos passando por conta da Covid-19. Senti que nessa edição as pessoas estão mais sobrecarregadas. Nas edições anteriores, os participantes eram mais leves e felizes".
Eliminação do programa
Dos momentos mais marcantes no programa, Natália Nara lembra a vez que foi líder. "Queria ganhar. Queria estar ali dentro. Quando cheguei na casa senti uma hostilidade por parte das meninas. Eu via elas nos cantos, chegava para fazer amizade e elas estavam fechadas. Pensei: 'meu Deus, vou rodar na primeira semana'. Escutei diversos comentários: 'ela só veio para se mostrar', 'a única coisa que ela tem é a beleza', mas eu queria mesmo era ganhar". Ela deixou a casa com 88% dos votos, após paredão com Jean Wyllys.
Com a vida mais reservada, a cearense conta que ainda manteve contato com algumas pessoas da edição em que participou. "A gente até tentou fazer uma vez um grupo em aplicativo, mas não deu muito certo. Depois que saí da casa me encontrei com alguns participantes. Tentei marcar com o Jean várias vezes, mas quando eu podia, ele não. Quando ele podia, eu não conseguia. Tive mais contato com Carla, Taty e Aline".
Título de ex-BBB
Para Natália Nara, o título de ex-BBB não ajudou muito. Ela conta que perdeu até oportunidades de trabalho.
"Esse título me atrapalha, sempre me atrapalhou. Eu não gosto, mas ele é inevitável. Existem lugares que já fui é abriu portas por causa desse título. Mas ele não rege e não governo a minha vida. É visto como um pejorativo. A figura de uma pessoa baladeira que vive entrando de graça nas baladas. Penso que virou esse rótulo e eu nunca fui. Já perdi muito trabalho e entrevistas de empregos importantes que tinha me preparado e estudado, inclusive fiz faculdade. Ai me procuram no Google e viam uma ex-BBB. É bem complicado. Estou falando sem orgulho nenhum. Sem problemas para quem adotou esse título ou quem gosta. Cada um é cada um. Na minha vida não agregou, não somou. Pelo contrário foi muito ruim".