Luciane Dom rebate nota da Infraero após ser vítima de racismo em aeroporto
Cantora fez um novo desabafo sobre assédio e violência
A cantora Luciane Dom, que expôs ter sido vítima de racismo no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, se pronunciou após a Infraero divulgar uma nota afirmando que as câmeras de segurança não registraram seus cabelos sendo revistados.
Por meio dos Stories do Instagram, ela fez um novo desabafo sobre assédio e violência. "Eu sei o que ouvi hoje no scam. Foi tudo muito rápido e sutil. O racismo de todo dia não se vê em câmeras de segurança. Peço que parem o assédio e a repercussão dessa violência. Vamos seguir", escreveu.
A Infraero emitiu um comunicado informando que "a cantora Luciane Dom foi selecionada aleatoriamente para uma inspeção manual. Após averiguação interna, foi constatado por imagens de câmeras de segurança que não houve inspeção nos cabelos”, iniciou o órgão.
Veja também
Segundo a empresa, as imagens das câmeras de segurança do Aeroporto não podem ser divulgadas. "De acordo com a Instrução Suplementar IS 107.001-J, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), as gravações feitas por essas câmeras de segurança só podem ser compartilhadas com a Polícia Federal, mediante solicitação de representantes do órgão".
O órgão ainda ressaltou que "a inspeção de segurança aleatória é independente de origem, raça, sexo, idade, profissão, cargo, orientação sexual, orientação religiosa ou qualquer outra característica do passageiro".
Entenda o caso
A cantora Luciane Dom relatou que teve o cabelo revistado por uma funcionária do Aeroporto Santos Dummont, no Rio de Janeiro, nessa quinta-feira (14). Através das redes sociais, ela criticou a ação e falou sobre racismo.
"Eu estou no meio da divulgação de uma música minha que sai amanhã, tava feliz, vendo memes, lendo coisas leves que gosto, aí chego no aeroporto Santos Dumont e sou parada por uma 'revista aleatória', minutos antes de embarcar pra São Paulo", relatou.
Segundo a cantora, ela já havia passado pelo scanner corporal, assim como a mala que levava, quando foi abordada pela funcionária. "A mulher me diz: 'tenho que olhar seu cabelo'. Eu olho pra ela aterrorizada com a violência desse ato. Ela chama o superior. Meu dia acabou", escreve.
Em nota publicada nas redes sociais, a Infraero declarou que Luciane foi "selecionada aleatoriamente para uma inspeção manual", mas negou que a cantora tenha tido o cabelo revistado.