Sucata do Chico Alves já havia pegado fogo há 35 anos

Incêndio desta semana não foi o primeiro a consumir loja de Fortaleza.

Escrito por
Carol Melo carolina.melo@svm.com.br
(Atualizado às 10:49)
Imagem mostra viatura do corpo de bombeiros estacionada em frente à sucata do Chico Alves, em Fortaleza. Prédio da loja apresenta marcas de fumaça e fogo devido ao incêndio registrado no local.
Legenda: Fogo persiste por mais horas do que o registrado no passado.
Foto: Thiago Gadelha.

A sucata do Chico Alves registrou um incêndio de grandes proporções nesta semana, no bairro Jacarecanga, em Fortaleza. Porém, esta não foi a primeira vez que o fogo atingiu a tradicional loja. Há 35 anos, uma área de 30 metros do local foi consumida por chamas.

O estabelecimento é um marco da Avenida Sargento Hermínio e funciona no mesmo endereço há cerca de 55 anos. E, em junho de 1990, foi alvo de um incêndio.

Fogo começou à noite 

Assim como a ocorrência dessa véspera de Natal, na quarta-feira (24), o fogo começou durante o turno da noite, segundo reportado pelo Diário do Nordeste à época. 

Por volta das 19h30, funcionários que atuavam na sucata notaram as chamas no galpão de peças usadas e tentaram dominá-las, mas sem sucesso.

Acionado ao local, o Corpo de Bombeiros enviou pelo menos 40 agentes para atender à ocorrência, evitando que as chamas se alastrassem.

O número é menor que o de 2025, quando mais de 60 homens da corporação foram mobilizados para combater o fogo, que atingiu outras oito casas no entorno da loja de Chico Alves, conforme a Defesa Civil de Fortaleza.

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Impacto foram maiores em 2025

Há 35 anos, o incêndio foi controlado em cerca de duas horas. No entanto, nesta semana, o cenário foi mais grave: as chamas persistiram por dias, e os bombeiros seguiam combatendo focos de fumaça e de reignição até a manhã deste sábado (27), mais de 50 horas após o início do fogo.

Naquela noite de junho, os prejuízos foram financeiros. Já em 2025, quatro pessoas ficaram feridas devido ao incêndio, sendo duas delas bombeiros.

Além disso, o incêndio ainda interrompeu o fornecimento de energia e água em algumas casas da região e forçou famílias a deixarem suas residências devido ao risco.

Nos arquivos do Diário do Nordeste não há informações sobre o que causou o fogo há 35 anos.

Até este sábado (27), também não há detalhes sobre o que provocou as chamas nesta semana, porém, a sucata estava operando sem o certificado definitivo de conformidade do Corpo de Bombeiros — documento obrigatório que atesta a segurança e a proteção de prédios comerciais.

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