Repórter Marina Alves revela sucesso em transplante: "a medula pegou"
Jornalista realizou procedimento no dia 5 de abril
Passado quase um mês após o transplante da jornalista Marina Alves, ela revelou na tarde desta terça-feira (3) que "a medula pegou". A repórter da TV Verdes Mares compartilhou a boa notícia em um post nas redes sociais.
Ainda no quarto do hospital, Marina publicou uma foto com um bolo, balões e bandeirinhas com a frase "Dia de Festa". Já nos stories do Instagram, a jornalista aparece em um vídeo comemorando com a equipe hospitalar.
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Marina foi diagnosticada com linfoma, tipo raro de câncer, em agosto de 2021. Durante a campanha para encontrar um doador compatível, descobriu a existência de uma irmã, que doou o material genético.
Na prática, a pega da medula significa que o paciente recuperou as células saudáveis após o transplante, e que ela de fato está funcionando. Apesar de o transplante ter sido realizado em 5 de abril, Marina revela que suas taxas começaram a subir somente nos últimos cinco dias, tendo dobrado nas últimas 24 horas.
"De ontem para hoje essas taxas necessárias para considerar que a medula pegou tinham dobrado, e fiquei muito feliz, claro", comenta a jornalista.
Ela afirma que continuará internada para tratar algumas intercorrências obtidas após a realização do transplante, como inflamações e infecções, mas destaca a importância da pega da medula nesse processo de recuperação. "É o meu corpo se recuperando, se reconhecendo. Estávamos muito ansiosos para que ela pegasse porque ela traz de volta a imunidade, e isso vai fazer com que eu me recupere 100% mais rápido dessas intercorrências", diz.
Expectativa pela alta
A jornalista explica que ainda não existe uma data específica para a alta hospitalar, que dependerá de como o processo de recuperação se dará a partir de agora.
Após deixar o hospital, no entanto, ela afirma que deve retornar à unidade de saúde três vezes por semana para exames e acompanhamento.
Em três meses, Marina também diz que deve começar todo seu esquema vacinal. "Com uma nova medula preciso de novas proteções. É por isso que dizem ser um renascimento, porque vou ter que tomar as vacinas que todo mundo toma ao longo da vida novamente".
Como funciona o transplante de medula
O processo de transplante de medula óssea é realizado como uma transfusão de sangue, esclareceu o hematologista Paulo Roberto Souza.
“Transplante de medula óssea é muito mais como se o paciente recebesse uma transfusão de sangue, do que como se o paciente a recebesse durante uma cirurgia. Na verdade, o ato do recebimento das células do doador, que é o transplante em si, o paciente recebe pela veia, através de um cateter.”
Antes do procedimento ser realizado, no último dia 5 de abril, o linfoma da jornalista já estava em estado de remissão, quando não é detectado em exames. No entanto, como explicou o especialista, as estatísticas demonstram, que devido à gravidade do tipo da doença, os pacientes que recebem uma nova medula têm mais chances de cura a longo prazo.
Após o transplante, a repórter continuou no hospital por alguns dias, período em que os profissionais de saúde analisaram se a nova medula foi integrada ao corpo da paciente. Com a evolução positiva do caso, ela poderá retornar para casa, mas, por pelo menos um ano após o procedimento, terá que ser acompanhada de perto pelos médicos e usar medicação específica.