Novo foco de incêndio mobiliza bombeiros na sucata do Chico Alves

Corporação segue monitorando local devido à complexidade do cenário.

Escrito por
Carol Melo carolina.melo@svm.com.br
Imagem mostra corpo de bombeiros em ação durante incêndio na sucata do chico alves em Fortaleza.
Legenda: Agentes atuam e monitoram a situação há mais de 50 horas.
Foto: Thiago Gadelha.

O Corpo de Bombeiros combateu um foco de fogo que ressurgiu na sucata do Chico Alves nesta manhã de sábado (27), em Fortaleza. A chama atingiu uma área já combatida nessa sexta-feira (26). 

O local segue sendo monitorado pela corporação, em razão da complexidade do cenário e do risco de reignição do incêndio, que começou na quarta-feira (24).

O que aconteceu?

Por volta das 5h15, a instituição foi novamente acionada ao estabelecimento, no bairro Jacarecanga, e realizou um novo combate às chamas, promovendo o resfriamento completo do setor.

Devido à natureza inflamável dos materiais armazenados na loja, predominantemente pneus e madeira, o Corpo de Bombeiros explicou haver a possibilidade de novos focos surgirem, então o local segue sob monitoramento permanente.

"As equipes permanecem executando ações de rescaldo, monitoramento de focos residuais e avaliação estrutural, com prioridade à segurança das guarnições e da população do entorno", detalhou em nota ao Diário do Nordeste.

Linha do tempo: mais de 50 horas de combate

24/12: início do fogo na véspera de Natal

Os agentes foram acionados na última quarta, por volta das 23h30 da véspera de Natal, para combater as chamas que consumiam a tradicional sucata localizada na Avenida Sargento Hermínio.

25/12: chamas seguem ativas

O fogo persistiu na quinta-feira (25), mobilizando, ao todo, mais de 60 bombeiros militares.

26/12: focos de calor com risco de reignição

Os trabalhos de combate e rescaldo seguiram pela manhã de sexta (26), quando a corporação realizou a substituição de guarnições e reforçou os recursos.

Nesse dia, os agentes identificaram diversos focos de calor com risco de reignição, muitos deles em áreas de difícil acesso, exigindo a montagem de linhas diretas de mangueiras, o uso de retroescavadeira para abertura de acesso e o emprego da Auto Escada Mecânica para atuação em pontos cuja temperatura ultrapassava os 300 °C.

As ações se estenderam ao longo do dia e da noite de sexta, com participação integrada de múltiplas viaturas e sob coordenação do Comando da Operação.

25/12: retorno de foco de fogo já combatido

Então, nesta manhã de sábado, os bombeiros registraram o retorno de um foco do incêndio, já combatido no dia anterior.

De imediato, atuaram para debelar a chama, que foi controlada em seguida. Depois, o Corpo de Bombeiros realizou o resfriamento do setor.

Veja também

500 mil litros de água, 60 agentes e 4 feridos

Até o momento, mais de 500 mil litros de água foram usados para combater o incêndio e realizar o rescaldo da sucata do Chico Alves.

A ocorrência mobilizou mais de 20 viaturas da corporação, incluindo viaturas administrativas, de coordenação, apoio logístico, Auto Bomba Tanque Turbina (ATM), viaturas Alfa de resgate, salvamento, viaturas-tanque, seis ABTs e uma Auto Escada Mecânica (AEM).

Mais de 60 bombeiros militares atuaram diretamente na operação, em regime de revezamento, devido à duração prolongada e às condições adversas do local.

Durante a ocorrência, quatro indivíduos precisaram de atendimento médico, sendo dois deles bombeiros. Não houve óbitos.

  • Um dos agentes apresentava quadro de exaustão e foi liberado após atendimento;
  • O outro militar tinha uma queimadura de 2º grau em uma das mãos e também recebeu alta após atendimento;
  • Um adolescente teve um ferimento leve na região temporal, sendo atendido e liberado após avaliação;
  • Uma mulher apresentou mal súbito e, inicialmente, foi atendida no local, mas logo foi encaminhada para a UPA do Cristo Redentor.

A Defesa Civil de Fortaleza informou que oito casas foram afetadas pelo incêndio. Além disso, o fornecimento de energia e de água em algumas residências foi interrompido na região e algumas famílias tiveram que deixar suas casas devido ao risco.

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