Morre Mestre Damasceno, ícone da cultura marajoara, aos 71 anos

Artista estava internado desde junho para tratar quadro de pneumonia e insuficiência renal

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 10:33)
Mestre Damasceno recebe a Ordem do Mérito Cultural, no Palácio Gustavo Capanema
Legenda: Mestre Damasceno havia sido diagnostica com câncer em metástase no pulmão, fígado e rins
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O cantor e compositor Mestre Damasceno morreu, aos 71 anos, na madrugada desta terça-feira (26), em Belém. A morte, que ocorreu no Dia Municipal do Carimbó, foi confirmada pelos familiares do artista, e o Estado do Pará, além do governador Helder Barbalho, decretou luto oficial. 

Damasceno Gregório dos Santos estava internado em Belém desde o último dia 22 de junho, no Hospital Ophyr Loyola. No local, tratava um quadro de pneumonia e insuficiência renal na Unidade de Terapia Intensiva.

O artista havia sido diagnosticado, ainda em junho deste ano, com câncer em estado de metástase no pulmão, fígado e rins. 

Em maio, um mês antes, o artista marajoara recebeu uma Ordem do Mérito Cultural, mais alta honraria do Ministério da Cultura, que reconhece personalidades responsáveis por contribuir de forma significativa para a cultura no Brasil.

"Figura essencial da cultura paraense e amazônica, Mestre Damasceno deixa um legado de saberes, histórias e ensinamentos que marcaram a vida de todos que tiveram a honra de conviver com ele", diz a nota oficial publicada no perfil do artista.

Saiba quem foi Mestre Damasceno

Damasceno nasceu na Comunidade Quilombola do Salvá, em Salvaterra, e se tornou ícone da cultura marajoara. Ao todo, o artista coleciona mais de 400 composições autorais e possui seis álbuns gravados. 

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Além da referência musical, ele também é o criador do "Búfalo-Bumbá de Salvaterra", manifestação que mistura teatro popular, cultura quilombola e elementos amazônicos

A Ordem de Mérito Cultural, inclusive, não foi a única homenagem recebida nos últimos tempos. Mestre Damasceno também foi lembrado na 8ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, conhecido pela celebração da cultura regional em Belém. 

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