Morre Cícero Sandroni, imortal da ABL, aos 90 anos

Escritor enfrentava a doença de Alzheimer

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Redação producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 10:27)
O velório de Cícero Sandroni será nesta quarta-feira (18), a partir das 10h, na sede da Academia Brasileira de Letras
Legenda: O velório de Cícero Sandroni será nesta quarta-feira (18), a partir das 10h, na sede da Academia Brasileira de Letras

O jornalista Cícero Sandroni, 90, imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), morreu, na manhã desta terça-feira (17), no Rio de Janeiro (RJ). Segundo a instituição publicou em redes sociais, o óbito foi em decorrência de um choque séptico causado por infecção urinária. O escritor também enfrentava a doença de Alzheimer.

Ele deixa a viúva Laura Constância Austregesilo de Athayde e cinco filhos. O velório será nesta quarta-feira (18), a partir das 10h, na sede da Academia Brasileira de Letras.

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Conhecido por trabalhos na área jornalística e por presidir a ABL entre 2008 e 2009, ele é autor de obras como "O Diabo só chega ao meio-dia".

ABL lamenta morte

Em publicação no Instagram, a Academia Brasileira de Letras (ABL) lamentou a morte do Acadêmico Cicero Sandroni,

Sexto ocupante da cadeira 6 da ABL, eleito em 2003 por unanimidade, assumiu cargos de destaque na administração da Casa, incluindo os de secretário-geral e presidente.

"Sandroni foi uma das grandes referências da cultura e do jornalismo no país, e terá sua trajetória sempre reconhecida e celebrada pela Academia Brasileira de Letras", informou a ABL em comunicado.

Trajetória no jornalismo

Nascido na cidade de São Paulo, em 26 de fevereiro de 1935, o escritor e jornalista iniciou a carreira em 1954, na Tribuna da Imprensa, e em seguida no Correio da Manhã. Também passou pelo Jornal do Brasil e O Globo, onde se destacou pela cobertura da área de política exterior.

Alguns anos depois, em abril de 1960, integrou parte da equipe que cobriu a inauguração de Brasília e, convidado pelo prefeito da nova capital, esteve à frente da Secretaria de Imprensa da Prefeitura do Distrito Federal.

Durante o regime militar, trabalhou na Tribuna da Imprensa de Hélio Fernandes, e em O Cruzeiro. Também fundou, com Odylo, Álvaro Pacheco e o diplomata Pedro Penner da Cunha, uma empresa gráfica de onde saíram as duas primeiras edições da revista de contos Ficção.

Produções

Cícero Sandroni também fundou a Edinova, com Pedro Penner, editora pioneira na literatura latino-americana e do "nouveau roman" francês.

Participou das revistas Fatos e FotosManchete e Tendência, como editor, além de colaborações com a revista Elle e com resenhas literárias no O Globo.

Cícero configurou como membro da Academia Brasileira de Letras desde 2003 e tomou posse como presidente da ABL entre 2008 e 2009.

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