Marido de Zé Celso herda herança que inclui Teatro Oficina e obra do dramaturgo

Marcelo Drummond e Zé Celso casaram há um mês durante cerimônia no Teatro Oficina

Escrito por Redação ,
Legenda: Zé Celso e Marcelo casaram em celebração no próprio Teatro Oficina
Foto: reprodução

O ator Marcelo Drummond, marido de José Celso Martinez Corrêa, terá pleno poderes sobre Teatro Oficina, obra do dramaturgo e herança, segundo a colunista Mônica Bergamo. Zé Celso, que tinha 86 anos, faleceu nesta quinta-feira (6) após sofrer queimaduras no corpo em meio a um incêndio no próprio apartamento, em São Paulo.

Marcelo e Zé Celso estavam juntos há 36 anos e haviam oficializado a união há um mês. O dramaturgo não tinha herdeiros e se preocupava com a burocracia a ser enfrentada pelo companheiro após a morte dele.

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"A gente se ama, fez tanta coisa juntos, eu cuido de tudo dele, tudo mesmo", disse Marcelo na época do casamento à colunista, do jornal Folha de S. Paulo. Com a união, o ator ficará com a gestão do Teatro Oficina, da obra e da herança de Zé Celso.

Segundo Marcelo, anos antes da morte, Zé Celso havia compartilhado sobre o medo de falecer a qualquer momento. "E esse temor se intensificou nos últimos tempos", compartilhou.

Cerimônia

Zé Celso e Marcelo casaram em celebração no próprio Teatro Oficina, contando com apresentações das cantoras Marina Lima e Daniela Mercury. 

Durante discurso, Zé Celso declarou que o casamento visava "a continuidade" do Oficina, ressaltando que ele e Marcelo viveram como amantes por sete anos, e que, em seguida, seguiram caminhos diferentes na vida afetiva.

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"Esse grande amor que nos une é um amor extremamente ligado ao teatro Oficina", explicou na ocasião.

Falecimento

O ator, diretor e dramaturgo Zé Celso faleceu nesta quinta-feira (06), aos 86 anos, em São Paulo. Internado na UTI do Hospital das Clínicas, ele teve 53% do corpo atingido por queimaduras no incêndio ocorrido no próprio apartamento, na última terça-feira (4).

Nascido em Araraquara (SP), no ano de 1937, o dramaturgo dedicou a vida inteira à arte. O primeiro destaque como encenador veio na década de 1960. Por sua vez, nos anos 1970, influenciado pelas experiências da contracultura, ganhou realce como expoente da comunidade teatral.

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