Com cortejo, Bienal do Livro do Ceará abre oficialmente a programação, que segue até o dia 25

A expectativa é superar R$ 5 milhões de arrecadação em vendas de livros. Secretário diz que a feira supera as que ocorrem no eixo Rio-São Paulo

Escrito por Rômulo Costa ,
Legenda: Bienal do Livro do Ceará
Foto: Kid Junior

Cortejo com músicos e poetas marcou a abertura da Bienal Internacional do Livro do Ceará na noite desta sexta-feira (16), no Centro de Eventos. Com o tema "A cidade e os livros", a feira chega à 13ª edição com uma programação que inclui palestras, bate-papos, lançamentos de livros e outras atividades gratuitas até o dia 25.

A abertura contou ainda com espetáculo da Orquestra de Barro Uirapuru, ao lado de Marlui Miranda. Houve também a participação do grupo Luthieria Catavento e do coral Tapera Encantada, ambos da ONG Tapera das Artes.

A expectativa é que o evento reúna 450 mil pessoas ao longo dos dez dias de programação. O secretario da Cultura do Ceará, Fabiano Piúba, também espera superar a comercialização de livros alcançada na edição passada, que foi de R$ 5 milhões.

"A gente está com expectativa de ter essa superação, porque isso implica na geração de emprego e renda direta e indiretamente aqui, mas também porque quando se tem uma boa comercialização os editores e as livrarias se sentem motivados a estar aqui na próxima edição", pontua.

Piúba afirmou ainda que a bienal cearense está entre as três principais feiras de livro do País. "A nossa bienal é extremamenete superior à bienal de São Paulo, que se concentra só na comercialização do livro e é precária em programação cultural e conceitual e, da mesma forma, é superior à do Rio", comparou o secretário.

A coordenadora geral da Bienal destacou a relação dos livros com a cidade, que é o tema da edição deste ano. "Os livros e as cidades têm muito a ver. Toda a nossa geografia pela cidade constrói narrativas. A cidade é um livro", afirmou.

Para a escritora Ana Miranda, colunista do Diário do Nordeste e uma das curadoras do evento, o tema faz pensar sobre a cidade para além das metrópoles, inserindo contextos como as pequenas cidades e as aldeias indígenas. A autora falou sobre a experiência de promover uma feira como a bienal. "Os desafios são imensos e assustadores, as dificuldades às vezes são intransponíveis, mas a bienal é um ato de resistência cultural", disse.

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