Lula assina decreto para impulsionar indústria; Alckmin vê medida como resposta ao tarifaço dos EUA

O decreto vem em meio ao tarifaço de 50% sobre os produtos brasileiros aplicado pelo presidente dos Estado Unidos, Donald Trump

(Atualizado às 08:04, em 26 de Agosto de 2025)
Foto de Lula, Aloísio Mercadante, Fernando Haddad e Geraldo Alckmin em imagem ao assinar decreto
Legenda: Os recursos para o programa são do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep)
Foto: Ricardo Stuckert / PR

O Governo Federal anunciou, nesta segunda-feira (25), um crédito de R$ 12 bilhões para a renovação do parque industrial brasileiro, no que está sendo chamado de indústria 4.0. O decreto foi assinado pelo presidente Lula (PT). Também participaram da cerimônia de assinatura o presidente do BNDES, Aloísio Mercadante; o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; e o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

“Ao invés de depreciar a compra de máquinas e equipamentos em 15 anos, é preciso depreciar a cada dois. Um forte estímulo à renovação industrial”, disse o vice-presidente.

A ideia do decreto é que o maquinário das empresas brasileiras seja atualizado com mais rapidez, com maior digitalização dos equipamentos e recursos de inteligência artificial. 

O decreto vem em meio ao "tarifaço" de 50% sobre os produtos brasileiros aplicado pelo presidente dos Estado Unidos, Donald Trump. As tarifas entraram em vigor no dia 6 deste mês, após serem adiadas por alguns dias.

Para Alckmin, segundo O Globo, o decreto desta segunda deve somar-se ao pacote emergencial já anunciado pelo Governo para contornar os efeitos das tarifas.

“São várias medidas sendo tomadas em relação ao 'tarifaço'. Este projeto de estímulo à compra de bens de capital já vinha sendo pensado há meses, mas ganha ainda mais importância neste momento. Ele melhora a competitividade da indústria brasileira, permitindo que ela produza melhor e a preços mais baixos, tanto para o mercado interno quanto para exportar”, afirmou o gestor.

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Competitividade

Os recursos para o programa são do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com R$ 10 bilhões, e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), com, mais R$ 2 bi

“Era um grande anseio da indústria poder ter um crédito mais acessível para renovar suas máquinas e equipamentos, e melhorar a produtividade, a competitividade, reduzir custos e melhorar a eficiência energética”, afirmou Alckmin.

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