Natal deve movimentar R$ 540 milhões no comércio de Fortaleza neste ano

Varejo está otimista com a data, uma vez que 6 em cada 10 consumidores devem ir às compras.

Escrito por
Lucas Monteiro lucas.morais@svm.com.br
(Atualizado às 12:26)
imagem mostra open mall em fortaleza decorado para o natal com consumidores circulando.
Legenda: Estudo indica que o comportamento do consumidor fortalezense continua orientado para escolhas planejadas.
Foto: Thiago Gadelha.

O Natal é considerado o principal motor de vendas no Ceará. Neste ano, a data deve movimentar em Fortaleza cerca de R$ 540 milhões. O montante representa alta de 7,4% na comparação com o ano anterior. Além disso, 6 em cada 10 consumidores devem ir às compras - 57,1% dos entrevistados. 

As informações constam na Pesquisa sobre o Potencial de Consumo do Fortalezense, realizada pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC), da Fecomércio, e divulgada nesta quinta-feira (4). 

A pesquisa ouviu 900 pessoas entre 14 e 19 de novembro deste ano.

Consumidores planejam presentear mais e aproveitar promoções; vestuário lidera intenção de compra

Segundo a pesquisa, 13,8% dos consumidores ainda estão indecisos se vão ou não fazer compras — percentual que pode ampliar o fluxo às vésperas da celebração. 

A disposição em comemorar também é forte: 74% afirmam que irão celebrar o Natal, sobretudo em casa (58,6%) ou na residência de parentes e amigos (35,7%).

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Consumo consciente e busca por promoções

O estudo indica que o comportamento do consumidor fortalezense continua orientado por escolhas planejadas, em que promoções (57,9%) e preços (48,1%) são fatores determinantes na hora de entrar na loja, seguidos de critérios, como qualidade (30,9%) e variedade (25,1%). 

O movimento confirma que o público prioriza a otimização do orçamento e evita compras por impulso.

Essa lógica também aparece no tíquete médio do presente, estimado em R$ 213, e no padrão de consumo: 51,6% dos entrevistados pretendem adquirir três produtos. 

A forma de pagamento acompanha esse comportamento calculado — 52,5% devem usar cartão de crédito e 46,6% planejam parcelar em até três vezes.

Imagem mostra uma pequena montanha de cartões de crédito.
Legenda: A pesquisa confirma que o público prioriza a otimização do orçamento e evita compras por impulso.
Foto: Maercelo Casal Jr. / Agência Brasil.

O que o fortalezense vai comprar?

Roupas e artigos de vestuário lideram com folga (58,3%), seguidos de brinquedos (33,8%), chocolates e bombons (20,3%), cosméticos e perfumes (20,1%) e sapatos, cintos e bolsas (17,7%). 

Todos são itens de alta rotatividade e tíquete moderado, perfil típico das compras no período de Natal.

Entre R$ 51 e R$ 100
serão os gastos com presentes para 31,4% dos entrevistados.

Outro aspecto que chama atenção é a antecipação, pois 40% dos consumidores pretendem comprar antes das datas tradicionais, comportamento influenciado pela Black Friday e por campanhas de novembro.

Para a diretora institucional da Fecomércio-CE, Cláudia Brilhante, essa mudança favorece tanto consumidores quanto lojistas. “As promoções antecipadas dão previsibilidade ao fluxo de clientes, reduzem picos de movimento e estimulam o uso do crédito, permitindo que o consumo se distribua melhor ao longo do tempo”, afirma.

Cláudia reforça ainda a importância das datas comemorativas no desempenho anual do varejo. “Elas dinamizam o mercado local, fortalecem micro e pequenas empresas e ajudam a manter níveis mais estáveis de emprego”, avalia.

Crédito e compras presenciais seguem fortes

A pesquisa destaca também a dependência do crédito, especialmente do cartão, usado para suavizar os gastos sem comprometer o orçamento por longos períodos. 

O parcelamento curto, como revelado na pesquisa, demonstra disciplina financeira moderada em meio à renda estável, mas ainda insuficiente para aquisições maiores à vista.

Outro ponto importante, é que apesar do avanço do e-commerce, o fortalezense continua priorizando a compra presencial em shoppings e centros comerciais, onde concentram cerca de 70% das transações. 

A experiência física, o contato direto com os produtos e a comparação imediata de preços mantêm viva a cultura de compra em corredores tradicionais, como o Centro.

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