Três casas desabam e sete ficam interditadas no Conjunto Palmeiras após chuvas em Fortaleza

A Capital cearense recebeu o maior volume de chuvas do Ceará nessa madrugada

Escrito por Redação ,
Desabamento no bairro Conjunto Palmeiras após fortes chuvas
Legenda: Defesa Civil foi acionada após desabamento no bairro Conjunto Palmeiras
Foto: Reprodução

Após as fortes chuvas registradas na madrugada, três casas desabaram e sete residências foram interditadas no bairro Conjunto Palmeiras, em Fortaleza, na manhã deste sábado (27). Conforme relato de uma moradora, não houve feridos na ocorrência.

[Atualização às 16h54] As primeiras informações apontavam o desabamento de duas casas. O número foi atualizado para três, após confirmação da Secretaria Municipal da Infraestrutura (Seinf).

A Defesa Civil de Fortaleza esteve no local para avaliar a situação, fazer a vistoria e tomar as medidas necessárias. Conforme nota conjunta da Seinf, três imóveis tiveram desabamento total e as famílias receberão 'Aluguel Social'.

Outras quatro residências estão com risco de desabamento. Os moradores desses imóveis foram encaminhados para o "Abrigo Solidário", modalidade em que é utilizada a casa de parentes ou amigos.

Em imagens recebidas pelo Diário do Nordeste, é possível ver o grande fluxo de água no local do desabamento. Há escombros, lama e estruturas metálicas expostas. 

RELATO

Moradora de um dos imóveis interditados, Francisca Ligiane Santos relatou que uma intervenção da Prefeitura de Fortaleza teria ocasionado problemas às residências da rua São Pedro. Segundo ela, a obra foi feita no canal que passa atrás dos imóveis, no início da quadra chuvosa. 

“Esse problema a gente já tinha detectado bem no início da obra. Eles fizeram aqui uma contenção que não deu muito certo e não foi favorável para os moradores, porque ao invés dela proteger, a água foi de encontro às casas. E devido à forte chuva que aconteceu nesses últimos dias acabou corroendo”, comentou Ligiane.

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A moradora explicou que foi feita uma parede de contenção com barras de metal e areia para fazer o desvio da água. Segundo ela, a obra deixou transtornos na rua, o que foi piorado com o período de chuvas, e não houve a proteção necessária aos imóveis próximos.

“Foi um erro de planejamento. Por sinal, um erro que poderia ter custado vidas, como custou aqui a interdição de sete casas”, defendeu. 

Em nota, a Secretaria Municipal da Infraestrutura (Seinf) informou que esteve no local e acionou a construtora responsável pela obra que acontece no região para realizar os serviços de terraplanagem e contenção da área. As intervenções incluem a fixação de pranchas metálicas no entorno dos imóveis afetados, com o intuito de dar estabilidade ao solo no trecho afetado pelas chuvas.

Confira na íntegra a nota conjunta da Seinf e da Defesa Civil de Fortaleza:

A Defesa Civil de Fortaleza vistoriou, neste sábado (27/04), uma ocorrência de desabamento no Conjunto Palmeiras e interditou sete casas no local.

Três imóveis tiveram desabamento total e as famílias receberão Aluguel Social. Quatro residências estão com risco de desabamento e, neste caso, já foram encaminhadas para o Abrigo Solidário, modalidade de abrigamento na casa de parentes ou amigos. Além disso, todas as famílias afetadas estão recebendo material assistencial, como cestas básicas, mandas, redes e colchonetes.

A Secretaria Municipal da Infraestrutura (Seinf) também esteve no local e acionou a construtora responsável pela obra que acontece no região para realizar os serviços de terraplanagem e contenção da área, com a fixação de pranchas metálicas no entorno dos imóveis afetados, para dar estabilidade ao solo no trecho afetado pelas chuvas.

Os serviços, que dependem do solo seco para serem finalizados, serão fiscalizados com rigor pelos engenheiros fiscais da Seinf.

Considerada uma área de risco da cidade, com episódios de alagamentos, o Conjunto Palmeiras 2 recebe obras da Prefeitura de Fortaleza desde 2023, com destaque a um projeto de drenagem e urbanização de 58 vias da região, onde o principal objetivo é a construção de um novo sistema de drenagem para o bairro, que atualmente não consegue atender ao volume de água das chuvas nas vias e canais existentes.

 

 

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